Estudar pela internet era uma tendência discreta entre os jovens – até vir a pandemia de Covid-19. Com a necessidade de continuar as atividades escolares, a tecnologia entrou de vez na vida dos estudantes. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI), o número de adolescentes e crianças com acesso à web cresceu em 2021, passando de 89% para 93% – dentro de um grupo com cerca de 22,3 milhões. Dentre eles, a faixa dos mais velhos, com 17 anos de idade, hoje se beneficia com um propósito específico: estudar e passar para o Exame Nacional do Ensino Médio.
Segundo a pesquisa Raio X Universia, grupo educacional do Banco Santander, com um grupo de 5.069 jovens, 45% que iriam prestar o Enem tiravam suas dúvidas pelo YouTube e 18% faziam cursinho online. Além de procurar auxílio didático em vídeo, os candidatos também recorrem à internet como fonte de informações importantes. No site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), por exemplo, estão disponíveis para download as provas antigas do Enem com seus gabaritos.
As aulas online pouco a pouco vão deixando de assustar e vão ganhando público entre aqueles que têm como objetivo passar para o Ensino Superior. O formato oferece diversas vantagens: é possível pausar o vídeo e voltar quantas vezes for necessário, escolher a velocidade da exibição e encaixar o tempo de estudo na agenda de forma mais flexível que a presencial. Não existe perda de tempo com deslocamento ou trânsito ruim. O aluno não perde nem tempo nem concentração com as “conversas paralelas”.
Leandro Vieira, professor e diretor pedagógico do curso online Proenem, argumenta como a tecnologia pode ser uma “amiga” e ajudar o jovem nesse momento delicado. “A tecnologia tem que ser uma ferramenta para facilitar seu acesso a certas informações e ajudá-lo a utilizar os recursos mais adequados para a sua preparação online, como videoaulas de alta qualidade com professores gabaritados”, afirma.
São diversas as possibilidades de buscar material de apoio pela internet: simulados, apostilas online, portais de educação, podcasts, sites de busca e até perfis nas redes sociais podem ser recursos que estimulam o estudo. Mas é preciso foco. As mesmas mídias que podem ser usadas para estudar, também podem distrair, pois oferecem entretenimento e estimulam a interação através do compartilhamento de imagens e opiniões – o que “rouba” tempo e capacidade de concentração.
De acordo com a pesquisa Global Digital Overview de 2020, os jovens brasileiros ficaram cerca de 3 horas e 31 minutos diários conectados às mais diversas mídias, ocupando o 3º lugar no ranking mundial dos países que mais dedicam seu tempo conectados à internet.
Para Vieira, a tecnologia “pode ser uma amiga neste momento de estudo, mas ela também pode ser uma vilã, já que, com ela, você pode consumir conteúdos errados e de baixa qualidade”. Além disso, pontua o profissional, “ela também pode distraí-lo, levando-o para as redes sociais ou a sites que não acrescentarão nada de relevante à sua vida”.
Segundo estudo do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), o uso de redes sociais foi uma das atividades que mais cresceram na web. Em 2021, de um grupo de 2.651, 78% dos usuários com idades de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social, um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2019 (68%).
Presencial versus on-line
Uma das barreiras para a adesão ao ensino on-line para o vestibular é a falta de atrativos que as aulas presenciais possuem, como a carência da relação cotidiana entre professores e colegas. Nas aulas gravadas em vídeo, as interações acontecem apenas em comentários. No entanto, esse quesito já parece ter se adaptado também à nova realidade. Nas aulas on-line ao vivo, é possível acontecer essa interação, como explica o diretor pedagógico: “O professor olha, comenta o chat e tira as dúvidas. O professor brinca com o aluno ao longo do processo”.
Para Vieira, uma outra vantagem do ambiente online favorece os estudantes. “Presencialmente, muitos alunos têm vergonha de tirar dúvidas, não gostam de falar em público. No online, isso não acontece. Você manda sua pergunta por escrito, o professor responde e vocês interagem”, descreve Vieira. Dessa forma, segundo o especialista, no espaço virtual, o professor não se preocupa com o espaço externo, foca na câmera, e consegue explicar os conteúdos da melhor maneira possível, principalmente na resolução de exercícios.
Dentre todos os prós e contras, um item pesa muito na escolha entre online e presencial: na internet, o custo é mais baixo. “Os cursos presenciais, devido a diversos custos envolvidos na operação, acabam sendo caros, fugindo da realidade da maioria das pessoas. E, além disso, em muitas cidades do Brasil, não existem cursos preparatórios e de alta qualidade”.
Para saber mais, basta acessar: https://www.proenem.com.br/
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