Comunicação

Tema impeachment ganha destaque na imprensa

Um dia após os protestos em favor do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), uma palavra conquistou destaque em meio a veículos de comunicação online do país: impeachment. Em manchetes em seus respectivos sites, publicações como Estadão, Folha de S. Paulo e O Globo levantaram a possiblidade de o mandatário do Brasil ter o mandato cassado.

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Desde a manhã desta quarta-feira, 8, quem acessa o portal do Estadão se depara com declaração feita pelo vice-presidente da República. “Mourão diz que governo tem ‘maioria confortável’, descarta clima para impeachment e critica Moraes” é a manchete da home. Apesar da afirmação feita pelo próprio general, o Estadão anuncia, em outras duas pautas, que Mourão ganhou respaldo do Centrão e que partidos como PSDB, PSD, Solidariedade e MDB pensam em aderir ao impeachment de Bolsonaro.

Até o início da tarde desta quarta, o site da Folha de S. Paulo destaca em sua home três conteúdos relacionados à possibilidade (ou não) do atual presidente da República deixar o Palácio do Planalto. Assim como o Estadão, há chamada para a declaração de Mourão. Em sua coluna, Mônica Bergamo anuncia que um membro do poder Judiciário falou que Bolsonaro terá de ser retirado do poder ou haverá chance de ser implementada uma ditadura no país. À coluna ‘Painel’, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, também falou em chance de impeachment.

A versão online de O Globo foi outro veículo de comunicação a fazer matéria sobre a declaração de Hamilton Mourão sobre a ausência de “clima” para a instalação de processo de impeachment contra Bolsonaro. Além disso, a marca mantida pela família Marinho fez compilado com a opinião de seus colunistas de política. Em suma, a maioria afirma que o presidente ampliou o isolamento e, assim, abriu espaço para ter o mandato cassado. Por fim, Vera Magalhães traz a informação de que sete partidos irão se unir para formalizar um novo pedido de impeachment.

Impeachment em outras redações

A trinca formada por Estadão, Folha de S. Paulo e O Globo não foi a única a trazer o tema impeachment de volta às redações brasileiras. Com força na imprensa, o termo chegou, inclusive, a ocupar a lista de assuntos mais comentados no Twitter entre internautas (e jornalistas) do Brasil. “O dia seguinte: se Bolsonaro ameaça o Supremo em plena [Avenida] Paulista e o impeachment não sair da gaveta, ele ganhou o 7 de setembro e a democracia acabou no Brasil”, publicou Eliane Brum.

O portal R7.com coloca em sua home a opinião de Augusto Nunes, que classifica Bolsonaro como forte candidato à reeleição. O site mantido pelo Grupo Record divulga a opinião da deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), de que adeptos à queda do presidente estão “desconectados da realidade”. Há, ainda, a lista de desafios a serem encarados pelo mandatário do país após os protestos realizados no Dia da Independência.

No site da CNN Brasil, a palavra “impeachment” surge em três conteúdos distintos: na informação de Gustavo Uribe sobre reunião de partidos para discutir o tema; na opinião de William Waack sobre o isolamento de Bolsonaro; e na já anunciada declaração feita pelo vice Hamilton Mourão.

Entidade pediu “Fora, Bolsonaro”

Uma eventual saída de Bolsonaro do governo já havia sido notícia antes mesmo das manifestações de 7 de setembro. Em nota divulgada na última semana, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) assumiu posição contrária ao presidente da República. A entidade afirmou que seria dia de ir às ruas para pedir “fora, Bolsonaro”. “A cada dia de permanência na cadeira presidencial, Jair Bolsonaro comete mais crimes contra o povo brasileiro e o país”, acusou a instituição.

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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