Por muito tempo, atletas profissionais de jiu-jitsu ganharam pouco ou nenhum dinheiro em competições. A começar pelas lutas promovidas pela principal organização do esporte. Fundada em 2002, a IBJJF (International Brazilian Jiu-Jitsu Federation) passou a recompensar seus competidores com prêmios em dinheiro apenas em 2019. Na época, a premiação máxima era de US$ 4 mil para lutadores adultos da liga mundial. Quatro anos depois, o valor chega a US$ 15 mil, um aumento de quase 200%.
O salto no montante do cheque oferecido pela IBJJF acompanha outro fenômeno recente no esporte: o surgimento de torneios independentes que pagam altas cifras em dinheiro. Entre os mais relevantes está o BJJ Stars, fundado em 2019 pelo brasileiro Fepa Lopes. Em abril de 2023, o evento concedeu um prêmio em dinheiro bem superior ao oferecido pelos torneios federativos: R$ 200 mil, aproximadamente US$ 40 mil, entregue ao baiano Erich Munis, conforme registrou o Portal Vale Tudo.
“Atletas no auge de suas carreiras, que lutavam apenas por medalhas, agora podem optar por competir por milhares de dólares em eventos independentes”, comenta o treinador mineiro Gabriel Moreira, da comissão atlética de juízes do PBJJF (Professional Brazilian Jiu-Jitsu Federation) e coach de campeões como João Paulo de Fatima Ferreira e Max Gimenez.
Segundo Gabriel, na maioria dos esportes profissionais, os ganhos dos atletas estão diretamente relacionados ao lugar alcançado no pódio. “No tênis, quem vence um ‘grand slam’ é contemplado com milhões de dólares. No jiu-jitsu, quando um lutador vence um campeonato mundial, na maioria das vezes, recebe apenas um cinturão”, conta.
Torneios como o da Fundação de Jiu-Jitsu dos Emirados Árabes Unidos (UAEJJF) tornaram-se uma das competições favoritas dos atletas profissionais em busca de prêmios polpudos. No evento, não só o primeiro lugar é pago, mas também os segundos e terceiros colocados em todas as categorias, da faixa azul à marrom. No ano passado, o campeonato distribuiu mais de US$ 800 mil em prêmios em dinheiro.
Em 2019, na Coreia do Sul, o Spyder Jiu-Jitsu Invitational, também conhecido como “King Of Kings”, concedeu a maior premiação em dinheiro do esporte: US$ 100 mil para o brasileiro Kaynan Duarte, de São Paulo.
“Poucos anos atrás, o rendimento dos atletas de jiu-jitsu era tão pouco e incerto que muitos profissionais não podiam dedicar-se apenas ao esporte para sobreviver. Hoje, lutadores podem ganhar a vida competindo em diversos torneios que pagam grandes montantes em dinheiro”, afirma Gabriel Moreira.
Em fevereiro, o site especializado Elite Sports listou os principais campeonatos de jiu-jitsu mundiais e seus prêmios em dinheiro. “Desde que o jiu-jitsu se originou no Brasil e depois espalhou suas raízes na América, os atletas não recebiam nenhuma quantia significativa em dinheiro em nenhum torneio”, afirma a publicação. “Só depois do reconhecimento internacional e da adoção popular, os torneios de jiu-jitsu passaram a oferecer prêmios em dinheiro”, completa.
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