O Brasil enfrenta um cenário de falta de mão de obra para atender às demandas da transição energética na indústria. Em 2025, haverá um déficit de 532 mil profissionais em diferentes áreas, projeta um estudo feito pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) e repercutido pela Folha de S.Paulo.
Transição energética é o nome dado ao processo no qual há a substituição de matrizes mais poluidoras por outras consideradas mais sustentáveis, que não contribuam para a emissão de gases do efeito estufa.
É o caso, por exemplo, de substituir fontes que utilizam combustíveis fósseis (como petróleo, carvão e gás natural) por energia eólica (gerada da força dos ventos), solar, hidrelétrica, de hidrogênio, entre outras. Na indústria automobilística, a alternativa são os veículos elétricos.
O tema ganha força diante das discussões sobre o aquecimento global e mudança climática. Como explica o site do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), 73% da emissão de gases do efeito estufa no mundo está relacionada ao setor da energia.
Importância do domínio de idiomas
Além de reforçar a necessidade de agilizar a transição energética, o PNUD afirma que esse processo gera empregos, estimando que serão criados 30 milhões de postos de trabalho no mundo.
A situação exigirá preparo por parte de empresas e profissionais em relação a habilidades exigidas. Um ponto considerado essencial nessa área é o domínio de uma língua estrangeira, como o inglês, explica Alexandrine Brami, CEO do Lingopass, empresa de solução de idiomas para negócios.
“Por meio de cursos que abordem terminologias específicas do setor de energia e promovam habilidades de comunicação em diversos idiomas, é necessário formar uma força de trabalho que não somente responde às exigências atuais, mas também esteja pronta para as inovações futuras da indústria”, afirma Brami.
A CEO diz que esse tipo de capacitação ajuda empresas a ter equipes preparadas para lidar com clientes ou parceiros estrangeiros, incluindo a elaboração de documentos técnicos, a participação em eventos de energia e a condução de negociações em outros idiomas.
Brami acrescenta que podem ser usadas diferentes abordagens para a qualificação dos colaboradores. Alguns exemplos são aulas ao vivo, trilhas de aprendizado que se adaptam ao perfil do usuário e pílulas de microlearning (conteúdo mais enxuto e que vai direto ao assunto desejado).
Na linha do que é apontado pelo PNUD, Brami enxerga tendência de crescimento no setor nos próximos anos. “A adoção de critérios ESG [relativos a boas práticas ambientais, sociais e de governança] impõe uma pressão positiva no setor energético, incentivando a distinção entre os agentes que estão comprometidos com uma abordagem responsável com projetos que apresentam impactos ecológicos bem-avaliados, especialmente aqueles focados em energia renovável”, avalia.
Para saber mais, basta acessar: https://www.lingopass.com.br/setores/energia
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