O mercado de locação de veículos representa 70% dos mais de 15 mil CNPJs com registro focados em mobilidade urbana, incluindo assinaturas de automóveis (pessoas físicas ou jurídicas), terceirização de frotas e rent a car. Nesse mercado altamente competitivo e em constante transformação, um dos grandes desafios dos líderes de negócio é manter uma operação eficiente com uma frota adequada ao momento do negócio e às necessidades dos clientes.
“Vejo muitas locadoras, principalmente as de pequeno e médio porte, perdendo cliente e amargando prejuízos por razões que poderiam ser resolvidas com planejamento, orientação especializada e automatização de processos. Algumas operam no vermelho sem uma visibilidade total dessa perigosa situação”, explica André Ricardo Vieira, CEO da Solution4Fleet.
O executivo reconhece que gerir um negócio relacionado à mobilidade urbana não é tarefa fácil, principalmente em um período em que o perfil do usuário de veículos está passando por transformações significativas. Porém, ele destaca que os riscos de prejuízos podem ser mitigados com três boas práticas básicas:
1. Elaboração de um plano de negócio
Idealmente, nenhuma empresa deveria iniciar atividades sem um plano de negócio. Nele, devem estar registrados todos os fatores necessários para que o negócio opere da maneira adequada. De forma bastante resumida, é possível dizer que esse documento deve incluir avaliação do custo para implementação e manutenção do negócio, origem desses recursos financeiros, projeção de venda do produto ou serviço – pelo menos nos dois primeiros anos – e a forma como se obterá lucro com a atividade.
2. Apoiar-se na expertise de profissionais experientes
Por ser uma ação muito complexa e vital para o sucesso do negócio, é muito importante que a elaboração do plano de negócio seja realizada por uma consultoria especializada com profundo conhecimento da operação que se deseja criar e capacidade de avaliar o potencial de crescimento, bem como o perfil dessa expansão. A ideia é que esse trabalho seja realizado em conjunto com os líderes da organização, garantindo o caráter de customização. É dessa iniciativa, aliás, que sairá o dimensionamento adequado da frota de veículos a serem adquiridos, um fator que impacta diretamente nas condições e taxas de financiamento.
3. Combinação de estratégia e tecnologia ao precificar a locação
A rentabilidade do negócio é composta por muitas variáveis e uma delas é a precificação correta do produto ou serviço. No caso do aluguel de carros, esse cálculo precisa considerar as taxas de juros cobradas na aquisição do bem, a natural depreciação do automóvel e os custos de manutenção, documentação, seguro e multas, além da lucratividade mínima que preserve a saúde financeira do negócio. Aqui, a recomendação é manter um processo automatizado e personalizável para saber quanto cobrar de cada cliente, longe de possíveis falhas humanas ou operacionais.
“O segredo dos negócios que conseguem driblar os desafios do mercado com menos transtornos está na capacidade de manter o foco no presente, mas mantendo o futuro no radar. Assim, torna-se mais possível corrigir rotas de maneira assertiva”, destaca Vieira.
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