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Tumor colorretal é segundo tipo câncer mais comum em homens e mulheres

Curitiba – PR 29/9/2020 – O rastreamento é definido com a investigação de pessoas assintomáticas (sem sintomas), a fim de classificá-las em alta ou baixa probabilidade de desenvolver

O câncer colorretal (CCR) é o tumor maligno mais frequente do intestino grosso, que é formado pelo cólon e reto. A estimativa de casos novos de CCR no Brasil para o ano de 2020, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é de 20.540 casos nos homens e 20.470 casos nas mulheres, sendo dessa forma, o segundo tipo de câncer mais comum entre homens e mulheres.

Rastreamento (prevenção)

O rastreamento é definido com a investigação de pessoas assintomáticas (sem sintomas), a fim de classificá-las em alta ou baixa probabilidade de desenvolver uma doença. Verifica-se que o câncer colorretal é uma doença elegível para o rastreamento pois, tem alta prevalência, pode ser detectado em fase pré-maligna e é passível de ser curado. As taxas de sobrevida podem alcançar pelo menos 90% quando detectado precocemente.

O procedimento mais realizado e mais completo para o rastreamento do CCR é a colonoscopia, pois pode investigar toda a extensão do intestino grosso (cólon e reto), além de propiciar no mesmo momento a retirada de pólipos e outras lesões precursoras do CCR, possibilitando redução considerável no número de mortes relacionadas a esse tipo de câncer.

Populações de risco para câncer colorretal

O risco é determinado por fatores genéticos e adquiridos ao longo da vida. Estrategicamente, os indivíduos são divididos em duas populações: as de risco médio e risco alto. A população de risco médio é composta por indivíduos sem sintomas, de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 50 anos, sem outros fatores de risco.

Populações de risco aumentado e alto risco são aqueles que possuem antecedente de pólipos e de câncer colorretal; possuem história familiar de câncer colorretal ou pólipos; histórico pessoal de doença inflamatória intestinal (Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn) de longa duração, ou seja, com mais de oito anos e presença ou suspeita de síndromes hereditárias (Polipose Adenomatosa Familiar e Câncer Colorretal Hereditário Não-Polipose (HNPCC – também conhecido como Síndrome de Lynch).

Quando iniciar o rastreamento para câncer colorretal?

De maneira geral recomenda-se que o rastreamento por colonoscopia seja iniciado aos 50 anos. Entretanto, indivíduos com histórico familiar (parentes de 1° grau) de câncer colorretal, via de regra, devem rastreados aos 40 anos ou 10 anos antes do caso mais precoce (aquele diagnosticado com a menor idade). Em famílias consideradas portadoras da Síndrome de Lynch, o rastreamento deve se iniciar por volta dos 22 anos.

Sintomas do CCR

Os sintomas mais comuns são alterações como constipação ou diarreia, e sangue nas fezes. Nos tumores do reto as fezes podem também apresentar aspecto afilado. Podem estar presentes dor abdominal, perda de peso inexplicável ou sentimento de fraqueza contínuo nos casos mais avançados. Qualquer pessoa com esses sintomas deve procurar um especialista para ter um diagnóstico e tratamento precoces.

Diagnóstico e avaliação do CCR

Realizado comumente por meio da colonoscopia. Uma vez diagnosticado, exames de imagem (normalmente a tomografia) complementam o estadiamento pré-operatório da doença com informações sobre a presença ou não de doença além do intestino grosso (metástases).

Quando se trata de câncer do reto, a realização da ressonância magnética é inquestionável nos dias atuais, pois determina se o tumor deve ser tratado com radioterapia e quimioterapia antes da cirurgia.

Contudo, o estadiamento definitivo – que decide sobre a necessidade de algum tratamento pós-operatório (quimioterapia) e disponibiliza uma análise prognóstica da doença – é realizado somente após o tratamento cirúrgico que possibilita a auditoria detalhada do tumor com seus linfonodos pelo médico patologista.

Tratamento

Para se proporcionar a cura, o tratamento cirúrgico do CCR é quase sempre realizado. A cirurgia do CCR remove o segmento intestinal onde está localizado o tumor juntamente com seus linfonodos.

No caso de câncer do reto, sua distância em relação ao ânus e seu comportamento local é que determinam se o tratamento inicial será a cirurgia ou a radioterapia com quimioterapia seguidas de cirurgia.

A criação de colostomia (colocação do intestino aberto na parede abdominal dentro de uma bolsa) é um evento menos comum e realizado geralmente nos casos onde o tumor é muito próximo do ânus ou quando ocorre a necessidade de reoperação por conta de complicações pós-operatórias.

Cirurgiões colorretais ou Coloproctologistas são treinados em cirurgia minimamente invasiva ou laparoscópica e devem oferecer sempre que possível essa via de acesso aos pacientes, pois reproduz os mesmos resultados oncológicos da cirurgia convencional aberta, além de proporcionar uma recuperação mais rápida do paciente no pós-operatório com retorno precoce às suas atividades diárias.

Acompanhamento após o tratamento

Mesmo quando o câncer parece ter sido completamente tratado e removido, existe a possibilidade de recorrência, que pode ser local ou à distância (metástases). Isso ocorre porque células malignas não-detectadas permanecem em algum lugar do corpo após o tratamento. Para tanto, o paciente deve ser monitorado em intervalos de tempo pré-determinados por meio de avaliações que abrangem exame físico, exames de imagem e colonoscopia, durante um período aproximado de cinco anos.

*Dr. Esdras Camargo A. Zanoni, coloproctologista, cirurgião digestivo e oncológico colorretal do Hospital VITA (Curitiba – PR); doutor em cirurgia pela Faculdade de Medicina da USP.

Website: http://cscom.net.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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