Com o propósito de analisar as novidades que envolvem os meios de comunicação e debater as tendências, o programa Mídia em Foco estreia na TV Brasil nesta quarta-feira, 25, às 22h30.
As edições iniciais da atração foram transmitidas por streaming na webtv e já estão disponíveis na página do Mídia em Foco no site do canal.
O primeiro tema é o futuro da televisão. O professor Marcelo Zuffo e os jornalistas André Mermelstein e Cristina Padiglione discutem as perspectivas da produção audiovisual para a telinha sob o prisma da convergência. Com vasta experiência no trade, eles comentam os avanços tecnológicos e avaliam as novas formas de consumo da TV.
Em formato documental, o Mídia em Foco abre uma janela na televisão aberta para se pensar os rumos da comunicação. Apresentado pela jornalista Paula Abritta, o programa aborda novas tendências de mercado, produção do conteúdo, evolução das tecnologias, convergência das mídias, regulação e consumo nos dias de hoje e as expectativas para o futuro.
A produção semanal da emissora pública busca contemplar, ainda, a história dos meios de comunicação e sua influência na sociedade atualmente. A proposta é estimular que o telespectador desenvolva uma visão crítica e possa refletir sobre o que observa na mídia.
Acadêmicos, profissionais e especialistas na área analisam o futuro da imprensa, cinema, televisão, rádio e internet. Já gravaram para o programa personalidades como o roteirista Walbercy Ribas e o jornalista Heródoto Barbeiro.
O Mídia em Foco também pode e deve ser aproveitado no meio acadêmico contribuindo para pesquisas e reflexões sobre os meios de comunicação. Na primeira temporada, a TV Brasil vai produzir 52 edições de 26 minutos.
Programa de estreia aborda o futuro da TV
Assistir televisão é um dos hábitos mais comuns da sociedade contemporânea. Desde sua criação, ela sempre esteve presente na rotina das famílias. Ao longo dos anos, a TV passou por muitos avanços tecnológicos e ainda continua se reinventando.
O advento das novas mídias e do vídeo sob demanda tem transformado a forma como as pessoas consomem conteúdo audiovisual. Para entender essa lógica, o Mídia em Foco apresenta cenários sobre o futuro da televisão.
A jornalista e crítica de tevê Cristina Padiglione não acredita no fim da TV linear. “A gente tem descoberto dia após dia essa multiplicação de telas. A televisão vai acabar? Eu não acredito nisso, a televisão linear não acaba”.
O engenheiro e professor Marcelo Zuffo é enfático ao concordar com essa tese. “A narrativa linear sempre vai ter espaço. Porque, no final, a narrativa linear vem de uma habilidade humana de contar histórias”, afirma.
Para o também jornalista André Mermelstein, nenhuma tecnologia matou completamente o que vinha antes. “O conteúdo sempre vai ser a peça central de tudo. A gente não pode pensar em TV e em comunicação sem o conteúdo. Isso me faz achar que nada disso vai morrer. Vão se transformar a forma de consumir e os modelos”, pontua.
Ele aponta como tendência para a televisão do futuro a qualidade técnica de som e imagem. Também menciona a disponibilidade das informações com a facilidade de uso e o consumo em vários dispositivos.
“Acho que claramente você caminha para duas vertentes. Um lado da alta qualidade, com 4k, 8k, enfim, as evoluções na qualidade de recepção de imagens em telas muito grandes, e do outro lado, a facilidade de recepção e múltiplos aparelhos em celulares, ou em óculos ou o que quer mais que apareça”, explica.
Acesso e hábitos de consumo
André Mermelstein aprofunda a análise sobre as diferentes plataformas e os hábitos do consumidor. “Tenho a impressão de que a gente está muito no início de um processo. Nenhuma das formas de comunicação vai desaparecer, mas todas elas vão se adaptar e vão se transformar de alguma maneira”, pondera o jornalista.
Marcelo Zuffo comenta a questão geracional. “Vejo padrões comportamentais. A tendência muito forte de conteúdo linear, longo, em tela grade na população pré-2000 na tevê aberta. Já na geração pós-2000, conteúdo pequeno em tela pequena, curto e pela internet”, destaca. “Existem os movimentos de migração. A gente começa a observar uma evidência de que os jovens conforme envelhecem, passam a ter preferência por conteúdo longo, linear e em tela grande”, completa.
Padiglione sugere que a disseminação do video sob demanda e do streaming tende a aumentar. “Há pouco tempo atrás questionaram se seria cobrado wi-fi pela quantidade que se consome. Não acredito nisso. Acho que é uma conquista. Você vai se habituando a um avanço que em determinados aspectos não tem como voltar. Acredito que a acessibilidade vai ser cada vez maior. A mudança desse hábito vai acontecer”, finaliza a jornalista.
Vídeo sob demanda, mídia sociais, era do vídeo e publicidade são próximos temas
No dia 1 de novembro, a segunda edição do Mídia em Foco propõe um debate sobre a produção e a distribuição de séries para o vídeo sob demanda (VOD). Participam dessa discussão o jornalista Igor Kupstas, diretor da O2 Play; o jornalista Marcelo Forlani, um dos fundadores do Omelete; e o advogado Raphael Crescente, da Fox Networks Group.
A evolução das mídias sociais e sua relação com os outros meios de comunicação pauta o terceiro episódio do programa no dia 8 de novembro. A reflexão sobre o assunto reúne a consultora Carolina Terra; a pesquisadora Caru Schwingel; e o professor Erick Messa; além do consultor de comunicação e inovação, Flávio Ferrari.
A evolução e o poder do vídeo na sociedade são o tema do quarto episódio da atração em 15 de novembro. Para analisar a questão, o Mídia em Foco recebe os jornalistas Arlindo Machado, José Carlos Aronchi e Gabriel Priolli, além de Gilvani Moletta.
Já no dia 22 de novembro, os rumos da publicidade ganham destaque na quinta edição do Mídia em Foco. O programa aborda a evolução da atividade e sua relação com os meios de comunicação. O assunto é debatido por especialistas como os publicitários Washington Olivetto, Rejane Bicca e Paulo Cunha.
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