A TV Brasil abre mais uma janela para as produções de curta-metragem em sua grade de programação com a estreia do programa Curta em Cena nesta terça-feira, 20, às 23h30. A atração, apresentada pela jornalista Tâmara Freire, busca fomentar a produção audiovisual brasileira desse formato de filmes.
Dedicada ao conteúdo nacional de curta duração, a série recebe realizadores e especialistas para um bate-papo sobre esse mercado e a cena audiovisual contemporânea. Além de divulgar os filmes, a proposta é estimular o desenvolvimento de produções nesse formato, descobrir novos talentos e criar novas plateias.
Com 52 episódios de 26 minutos, o programa da emissora pública exibe semanalmente, às terças, sempre às 23h30, um curta-metragem ou trechos de pequenos filmes e traz um debate, no estúdio, de um convidado com Tâmara Freire.
Na edição de estreia do Curta em Cena, a apresentadora conversa com a jornalista e cineasta Diléa Frate sobre o seu premiado filme “O Mar de Teresa”, reconhecido como o melhor curta infanto-juvenil na Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis em 2015.
O novo programa da TV Brasil exibe a obra “O Mar de Teresa” que é uma adaptação do livro infantil “A menina que carregou o mar nas costas”, também assinado pela diretora Diléa Frate. “O curta-metragem é fundamental para se experimentar novas linguagens”, define.
“Em treze minutos, misturo a linguagem da animação, a documental e live-action. Tudo em uma história que também apresenta um livro animado dentro do filme”, explica a cineasta.
Na entrevista, a convidada analisa as peculiaridades transmídia da obra que, em seu enredo, toma o mar como metáfora para falar das transformações do corpo feminino. “Toda mulher deveria entender mais o seu corpo. O mar foi uma forma poética de falar sobre o tema”, pontua a também escritora de livros infantis.
Com narração da atriz Tereza Seiblitz, o filme mistura de maneira experimental, animação e fotografia cinematográfica promovendo um diálogo entre livro e o cinema. A trama de “O Mar de Teresa” promove uma inversão: a realidade esta na animação e o sonho da personagem principal, Teresa, é interpretado por meninas de verdade, todas Teresa na vida real, que atuam e também dão depoimentos pessoais sobre a sua relação com mar.
Ao defender as produções voltadas para as crianças, Diléa Frate é enfática. “O cinema está matando o público quando ele não pensa no público infantil”, afirma a experiente profissional que atua no mercado audiovisual há mais de trinta anos com passagens pelo programa Jô Soares Onze e Meia, no SBT, e idealizadora da atração infantil TV Piá, que foi ao ar na programação infantil da na TV Brasil.
Com expertise nas telonas e telinhas, Diléa distingue a produção de conteúdos curtos e de longa duração daqueles preparados especificamente para a televisão, para o cinema e para as publicações impressas como os livros.
“A diferença principal é a memória. A TV tem rapidez e falta de profundidade”, ensina a diretora de televisão e cinema. “Trabalhei muitos anos na televisão, no ‘hard news’. Só no Jô foram 20 anos e dez mil entrevistas”, recorda.
Para a convidada, uma boa história faz a diferença. “O cinema e o livro ficam. Você tem que pensar e elaborar mais. A maneira de fazer esses três tipos de produção se mistura. É claro que existe adaptações de linguagem”, analisa Diléa Frate que conclui. “No fundo, tudo se resume a uma boa história”.
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