A TV Câmara desligou na sexta-feira, 16, seu transmissor analógico de sinal. Brasília será a primeira capital brasileira a ter o sinal de TV totalmente digital, e as TVs públicas se adiantaram no desligamento de seus transmissores, que tem data limite no final de dezembro. Desde o mês passado, o canal analógico já transmitia a mensagem de que esse sinal sairia do ar.
Com o fim das transmissões analógicas da TV Câmara e da TV Senado, o centro de transmissão passa a economizar R$ 18 mil por mês em eletricidade. Isso corresponde a um terço de toda a operação, que inclui, além das TVs legislativas, a TV Justiça e várias rádios, mas o equipamento digital consome menos energia.
Para Roberto Costa, engenheiro aposentado da Câmara dos Deputados que foi o responsável pela instalação, esse é um passo inevitável. “A tecnologia nos alcança e ultrapassa e, felizmente, a TV Câmara estava mais que preparada para esse passo”, disse.
Foram 18 anos de transmissão ininterrupta, desde 1998, quando a TV foi inaugurada pelo então presidente da Câmara Michel Temer. Na cerimônia de desligamento estavam presentes, além de Costa, os funcionários que ajudaram a instalar o equipamento, que ocupa toda uma sala, somado ao sistema de resfriamento. “Muitas caixas, noites viradas, e uma corrida contra o tempo”, foi como definiu a instalação do transmissor nos anos 90 o técnico Luiz Marreiro.
Cronograma
Para os telespectadores que já têm TVs novas ou conversores de TV digital, nada vai mudar, a TV Câmara continua no canal 61 em Brasília. Nos outros estados, o cronograma de desligamento do sinal analógico segue até 2018, quando 100% das transmissões devem ser digitais.
A TV Câmara investiu desde o início em transmissores digitais. Nas cidades onde é a proprietária dos equipamentos, não haverá necessidade de trocas, a TV já é digital. “Essa foi decisão inovadora da Câmara tomada a partir de 2006 e que agora está se mostrando muito acertada, porque vai gerar economia”, avaliou a coordenadora da Rede Legislativa de Rádio e TV, Evelin Maciel.
Reportagem: Marcello Larcher
Edição: Pierre Triboli