Cerca de 1400 municípios ainda não apresentam nenhuma iniciativa de coleta seletiva, isso representa 1 em cada 4 cidades brasileiras. Os dados inéditos são da última edição do Panorama dos Resíduos Sólidos, publicação de referência da ABRELPE – Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, e referem-se ao ano-base de 2020. O documento mostra que 4.145 municípios apresentam alguma iniciativa de coleta seletiva, média nacional de 74,4%, mas ainda de forma incipiente em muitos locais, o que tem reflexo na sobrecarga do sistema de destinação final e na extração de recursos naturais, muitos já próximos do esgotamento.
O relatório aponta que as regiões Sul e Sudeste são as que apresentam os maiores percentuais de municípios com iniciativa de coleta seletiva, com 91,2% e 90,6%, respectivamente. As regiões Nordeste e Centro-Oeste seguem abaixo dos 50%, com 43,3% e 49,5%. Já as cidades do Norte do país registram 65,3%.
“A estagnação dos índices de reciclagem, apesar das várias ações, campanhas e iniciativas para alavancar o setor e viabilizar o aproveitamento dos materiais descartados, demonstra a fragilidade das redes existentes, fator que pode ser superado a partir das novas medidas como o Recicla+ e a Lei de Incentivo à Reciclagem, que trazem novas condições para o desenvolvimento de ações nesse setor. A reciclagem tem grande potencial para avançar com a estruturação e ampliação da cobertura dos sistemas de logística reversa definidos por lei,”, observa Carlos Silva Filho, diretor presidente da ABRELPE e presidente da ISWA – International Solid Waste Association.
A partir dos dados do Panorama dos Resíduos Sólidos, a ABRELPE ainda fez uma análise sobre a composição dos resíduos gerados no Brasil que mostra o potencial de reciclagem dos itens descartados.
Os materiais recicláveis secos representam 33,6% de todo o resíduo gerado no Brasil, correspondendo a cerca de 28 milhões de t/ano, do total de 82,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) produzidos por ano no país. Os resíduos recicláveis secos são compostos por plásticos, papel e papelão, vidros, metais e embalagens multicamadas.
De acordo com a ABRELPE, a composição dos resíduos no Brasil mostra que a fração orgânica permanece como a principal componente dos RSU, com 45,3%, o que representa pouco mais de 37 milhões ton/ano. Os rejeitos, por sua vez, correspondem a 14,1% do total e contemplam materiais não recicláveis.
“A ampliação da reciclagem traz um triplo benefício: ambiental, pois reduz o descarte inadequado e minimiza a extração de recursos naturais; econômico, pois faz girar a economia com novos recursos; e, por fim, social, pois permite a inclusão social de diversos trabalhadores”, avalia Silva Filho.
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