Goiânia, GO 17/12/2020 – Triste é ver de perto pessoas se contaminando e contaminando outras por descuido ou desleixo.
Há um ano começava o que se chamou de endemia na China, entre os meses de novembro e dezembro de 2019, com a contaminação de algumas pessoas por Coronavírus, que em dado momento surgiu o diagnóstico de transmissão através de alimentos consumidos na China.
O ano de 2020 chegou e com ele a pandemia de COVID-19. A devastação foi mundial em todos os continentes, países e cidades, um número de mortes jamais visto ou especulado. Um ano marcado por curas e mortes e que infelizmente parece estar longe do fim.
Há esperança de que vacinas contra o vírus comecem a surtir efeito de imediato, algumas já começaram a ser aplicadas nas pessoas, em Londres por exemplo. O mundo torce para que as vacinas produzidas por alguns laboratórios em países diferentes, venham ser disponibilizadas às nações e que cheguem à população.
Mas enquanto isso não acontece num todo, o que se chama de segunda onda da COVID-19, começou. Na Europa já se pode contabilizar um considerável aumento de pessoas infectadas e no Brasil não será diferente.
Os jornalistas do Grupo A Hora, Fabricio Magalhães e Paula Tooths, através do jornalismo investigativo, tiveram a oportunidade de visitar alguns hospitais particulares durante os plantões noturnos e entrevistaram pacientes que foram infectados e mesmo com planos de saúde de grande cobertura, gastaram valores exorbitantes.
“Passei uma noite de sexta-feira em um dos plantões de um hospital particular conhecido como referência, e o que vi não foi bom”, narra o jornalista Fabricio Magalhães.
O jornalista contou que quando enfermeiros da unidade móvel de socorro abriram a porta de trás para retirar um paciente que estava em uma maca, a equipe de emergência narrava os sintomas. Rapidamente, o médico responsável afirmou, mesmo sem ter exames, que se tratava de COVID-19, e que não iria aceitar o paciente, que tinha plano de saúde do qual o hospital fazia parte da cobertura emergencial e que não aceitaria já que o hospital estava carregado de pessoas infectadas. Depois de muitas chamadas telefônicas, o mesmo médico autorizou a internação do paciente.
A jornalista Paula Tooths conversou com uma pessoa que teve Coronavírus há 60 dias e conseguiu se recuperar. Por uma questão de preservar a identidade desta pessoa, iremos chamá-lo de Pedro.
Pedro afirmou que assim que sentiu os sintomas, tentou se isolar em casa, mas que a dificuldade de respirar começou a ficar mais intensa, então foi levado a um hospital particular, o qual o seu plano de saúde cobria qualquer situação emergencial. Chegando lá, Pedro foi levado para uma triagem e foi internado por ter suspeita de COVID-19.
“Me levaram para um quarto onde tinham mais duas pessoas com suspeita de Coronavírus, fiquei mais assustado e disse que meu plano cobria apartamento. Fui informado que neste caso não, mas que se eu quisesse pagar por um apartamento no hospital, iriam providenciar. Aprovei a transação e tive que contratar mais duas enfermeiras, uma para ficar comigo durante a noite e outra durante o dia. Ao final de tudo, gastei R$ 20.000,00 mil reais, incluindo a fisioterapeuta que tive que negociar também”, afirmou Pedro.
O que chama atenção, segundo o jornalista Fabricio Magalhães, é que as pessoas não estão levando o Coronavírus a sério – “milhares de pessoas foram contaminadas no Brasil, outras milhares morreram, e muita gente continua insistindo em não tomar as medidas de prevenção que seria simples como a utilização de máscara, uso de álcool em gel e a não aglomeração”, afirmou o jornalista.
Paula Tooths, jornalista que cobre a pandemia desde o início, conclui – “é muito triste o que vem acontecendo no mundo, em maioria provocado por este vírus. E mais triste é ver de perto pessoas se contaminando e contaminando outras por descuido ou desleixo”.
Até o encerramento desta matéria, 74 milhões de pessoas já foram infectadas e dessas, quase 1.7 milhão não sobreviveram.
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