Uma das grandes transformações no meio corporativo ocorridas por conta da pandemia de Covid-19 foi a digitalização de empresas dos mais diversos setores da economia. Neste momento de iminente fim da atual crise sanitária que atingiu todo o globo, ferramentas da chamada Revolução Digital, como a Internet das Coisas (Internet of Things, em inglês – o IoT, na sigla) e o 5G ganham cada vez mais espaço.
A Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT), pode ser definida como a conexão entre objetos com a internet, possibilitando a ampliação de suas funcionalidades, aumentando o conforto dos seus usuários e proporcionando segurança, praticidade e inúmeras possibilidades. A IoT ainda está em crescente evolução e, apesar de já fazer parte da vida das pessoas, a tendência é que essa inovação tecnológica esteja cada vez mais inserida no cotidiano, principalmente com a chegada do 5G.
Atualmente, não somente os computadores e celulares são conectados ao mundo virtual, mas a própria televisão, o carro, relógios, cafeteiras, lâmpadas e diversos outros dispositivos através de Assistentes Virtuais (como Google, Alexa, Siri etc.). Essa evolução tecnológica já chegou até mesmo nas empresas, onde vem facilitando e melhorando o processo de trabalho. Inclusive, já é possível encontrar máquinas com sensores e software em rede.
Por possuir maior largura de banda, o 5G será essencial para lidar com o crescimento diário do consumo de conteúdo por indivíduos e empresas. Aliado às ferramentas de IoT, o padrão de tecnologia de quinta geração irá aumentar a velocidade da conexão, permitindo uma entrega muito mais fácil de serviços altamente complexos.
De acordo com o CEO da Manusis4, Rodrigo Rotondo, a tendência é que as transferências de arquivos fiquem ainda mais rápidas, o streaming de vídeo e áudio em tempo real se torne cada vez mais acessível e realizado em segundos, a comunicação em tempo real seja mais rápida e com melhor qualidade e que reduza o tempo de resposta da conexão (latência), permitindo que os dispositivos móveis troquem informações rapidamente.
Rotondo ressalta, ainda, que existem inúmeras perspectivas de como o 5G impactará a indústria, alterando a maneira como ela será conhecida. “A única coisa que sabemos com certeza é que isso acelerou significativamente a adoção e implementação global dos princípios da Indústria 4.0″, afirma.
Segundo ele, algumas possibilidades dessa hiperconectividade são: o uso de realidade virtual com alta velocidade; vigilância por câmeras com alta resolução; alta velocidade para upload e download de vídeos, até 100 vezes maior que a velocidade atual; gestão de consumo de energia e perdas em tempo real; desenvolvimento de ambulâncias com drones; automação do leito hospitalar para gestão à distância; sensores mais poderosos para manutenção preditiva; inspeções remotas de alta qualidade de imagem; diagnósticos remotos com especialistas e a utilização da realidade aumentada para execução de tarefas assistidas.
As indústrias do futuro
Segundo o especialista, nas indústrias do futuro, os dispositivos conectados poderão detectar seus ambientes e operar uns com os outros, permitindo que as pessoas tomem decisões estratégicas em uma estrutura descentralizada.
“É essencial estar preparado para as mudanças que o 5G trará. Isso significa adotar uma infraestrutura fluida e ágil e trabalhar de acordo com os conceitos da Indústria 4.0”, diz ele, ressaltando que esta “indústria do futuro” será dinâmica, com processos cada vez mais auto ajustáveis e autorregulados. “Isso provoca uma curva de crescimento sustentada pelo aumento da agilidade e da produtividade”, completa.
O gerenciamento de ativos, instalações (facilities) e utilidades (utilities) é outro campo que pode se beneficiar muito com a implantação de redes 5G. De conectividade aprimorada a mais confiabilidade, os gerentes de manutenção poderão acelerar os processos com mais rapidez e eficiência. Para o CEO da Manusis4, a prática da manutenção preditiva se tornará mais comum.
“Mais sensores, máquinas e robôs serão conectados, o que facilitará o rastreamento do desempenho do equipamento e uma melhor detecção do estado de falha, criando tempo hábil para ações que busquem a máxima disponibilidade dos ativos e, assim, diminuir o downtime”, apontou.
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