Por que os vídeos virais fazem tanto sucesso? Essa provavelmente é uma pergunta já feita por muitos brasileiros. Afinal, somos conhecidos popularmente como o celeiro dos memes e virais. Mas, antes de responder essa questão, é preciso tentar entender o que faz um vídeo se tornar viral. Em resumo, muitos dos vídeos que se tornaram tão populares no Brasil, foram criados a partir de uma mistura de emoção, humor, fator surpresa e a identificação do público com a experiência que está sendo retratada no conteúdo. A realidade é que não existe uma receita para a importância que esse conteúdo toma na rede e é isso que faz eles tão especial.
Segundo a pesquisa brasileira de mídia de 2016 divulgada pela Secretaria de Comunicação Social e feita pelo IBOPE, 50% dos brasileiros entrevistados acessam a internet 7 dias por semana e 49% a indicam como seu segundo meio para se informar sobre o que está acontecendo no país, ficando atrás somente da TV. Destes, 29% afirmam usar a internet por mais de 300 minutos por dia, considerando somente os dias úteis.
Essa forte presença do brasileiro no meio digital facilita a disseminação e a criação de conteúdos virais, já que grande parte disso nasce de situações do dia a dia compartilhadas com a rede. Além disso, culturalmente o povo brasileiro tem facilidade de rir e brincar com sua própria situação. Um exemplo disso é o surgimento comum de memes ligados ao contexto econômico e político do país. E os virais fazem tanto sucesso, que as empresas vêm utilizando toda essa popularidade para ter engajamento nas mídias sociais. A utilização dos virais criados por usuários “anônimos” dentro da comunicação de marcas em mídias sociais pode ajudar muito na aproximação com o público dentro dessas plataformas.
Um bom exemplo de aproveitamento de viral dentro do contexto do produto, adotado pela própria NZN, é a utilização do meme “Já acabou, Jéssica?” no ano de 2015, para o site TecMundo Games. A princípio, muitos podem pensar que um site de games não tem apelo para esse tipo de meme. Porém, com a criação de um vídeo voltado para esse público, conseguimos aproveitar um buzz na rede para viralizar o conteúdo na página do site.
O que fizemos: editamos um vídeo com uma parte do jogo Kings of Fighters e incluímos o áudio do viral da Jéssica, que alcançou 10 milhões de pessoas e 1,8 milhão de visualizações no Facebook. Isso cria relacionamento, ajuda a crescer a base de fãs e a exibir outros conteúdos relevantes no feed do seguidor, transformando um conteúdo popular em alavanca para exibição dos nossos assuntos principais sem fugir da nossa identidade.
Outro exemplo de sucesso foi a Ultragaz, que utilizou o buzz causado pela produção de um conteúdo feito pelo público para expor sua marca e ainda, literalmente, criar o hit no Carnaval deste ano. Quem imaginou que a música do gás um dia faria tanto sucesso?
Porém, é preciso ter cuidado para não pesar a mão e criar um conteúdo totalmente fora do contexto da linguagem que a marca já tem como definida para interagir com seu público. É muito importante o estudo diário para criação de uma comunicação que tenha relevância para o seu público e alcance o maior número de pessoas. Com entendimento do consumo e dos melhores formatos ao passar uma informação, se constrói produtos com alto poder de engajamento e audiência.
Um exemplo também aqui na NZN é a transformação de alguns conteúdos editoriais que não chamaram atenção como simples texto em plataformas sociais, mas que, quando transformados em vídeo, tiveram um resultado muito acima da média. O material sobre a Casa Transformer, publicado como editorial, atingiu apenas 200 mil pessoas no Facebook, mas a mesma história contada em vídeo, num formato feito especificamente para a plataforma (quadrado e com legenda), atingiu mais de 70 milhões de usuários. A observação sobre o consumo e testes com diferentes formas de linguagem e formatos podem surpreender e trazer excelentes resultados sem a necessidade de sempre se apropriar daquilo que já é popular na rede.
Em linhas gerais, as questões das redes sociais e também de seus virais não se propõe – de forma alguma – a ser conclusivo. Pelo contrário, a boa notícia é que a euforia da multiplicidade das possibilidades de consumo e produção de conteúdo, permitem que ainda haja muitas histórias boas para contar.
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Tayara Antonello. Formada em Processos Gerenciais e Pós-graduada em Comunicação Online, Tayara atua na área de comunicação digital desde 2010. Como Maketing Manager na NZN, a profissional participou da criação dos perfis sociais do TecMundo, Mega Curioso, TecMundo Games e Minha Série, todas plataformas da NZN. Tayara também atua como professora de Social Media na RED HOOK SCHOOL e é autora do livro Social Media Já – Descomplique e produza conteúdo online, lançado em setembro de 2016.
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