São Paulo – SP 12/11/2021 –
Projeto parceiro da Bayer, Sou de Algodão, ajuda o consumidor a conhecer os elos da cadeia que ajudaram a peça a chegar até o seu guarda-roupa
A produção brasileira de tecido para manufaturas têxteis poderá chegar a 2 milhões de toneladas neste ano, segundo previsão da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). O volume esperado é 7,4% maior que o registrado em 2020, ano em que o setor foi fortemente impactado pela pandemia do Covid-19. A expectativa de crescimento também é confirmada pela Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), que prevê uma produção de 2,79 milhões de toneladas da pluma, na safra 21/22, quantidade 20,3% maior que a da safra anterior.
Para o diretor comercial da malharia Dalila Têxtil, André Klein, há uma demanda crescente de designers e consumidores por tecidos feitos 100% de algodão e, cada vez mais, o elo responsável por aproximar a produção na lavoura e o consumidor final é a adoção de boas práticas agrícolas no campo.
Segundo Klein, a sustentabilidade e as iniciativas ligadas ao meio ambiente têm ganhado espaço entre os processos produtivos do setor têxtil. “As pessoas estão descobrindo que suas roupas podem oferecer algo além da estética. Nosso papel como indústria da moda é viabilizar e dar atenção aos desejos de mudanças do consumidor”, afirma o executivo, que liderou um projeto pioneiro, em 2020, no desenvolvimento de um tecido composto de algodão com tratamento antiviral para a pandemia Covid-19.
A malharia, que possui duas unidades fabris nos municípios catarinenses de Jaraguá do Sul e Presidente Getúlio, tem uma capacidade produtiva de 500 toneladas de tecidos por mês e atende cerca de 2.000 clientes. De acordo com Klein, a mudança de percepção da indústria para a compra de tecidos que tenham apelos sustentáveis em sua composição é perceptível. “Há cinco anos, 10% dos clientes valorizavam este diferencial no produto. Hoje, já são 50%. Por isso, procuramos conhecer e entender a trajetória da pluma desde o início da sua cadeia”, reforça.
Recentemente, a empresa anunciou a participação no programa SouABR, idealizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do movimento Sou de Algodão. A iniciativa rastreia toda a cadeia produtiva de uma peça de roupa por meio de tecnologia blockchain, informando o consumidor sobre os elos da produção: fazenda, fiação, tecelagem ou malharia, confecção e varejo.
“O algodão é a matéria-prima de quase 70% da minha produção. O SouABR é um projeto escalonável, inédito e confiável, que despertará uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Não tenho dúvidas de que a formatação do projeto irá conduzir o mercado para um caminho de certificação, desde a plantação do algodão até o varejo, que será fundamental para toda a cadeia. O mundo está mais atento, não somente com a qualidade dos produtos, mas também com todos os aspectos sociais e ambientais que envolvem seu entorno”, ressalta o diretor.
Tudo começa pelo campo
O caminho da matéria-prima certificada começa na fazenda, onde a produção atende a um completo protocolo, que abrange o respeito ao meio ambiente e ao trabalhador, e às boas práticas agrícolas no campo. Hoje, 81% da produção do algodão no Brasil possui certificação socioambiental e o país é campeão mundial em produtividade quando o assunto é o algodão sem irrigação: mais de 90% das plantações dependem apenas da água da chuva para se desenvolver.
Este é um dos fatores que incentivou a Bayer a ser parceira do Sou de Algodão. A empresa participa do movimento desde 2016, ano de criação da iniciativa. “A sustentabilidade está presente em nossa estratégia de negócio, que tem como pilar a inovação aberta e colaborativa”, ressalta o diretor de Negócios de Soja e Algodão da Bayer, Fernando Prudente. “O trabalho desenvolvido com instituições como a Abrapa é fundamental para construirmos novas soluções e desenvolvermos tecnologias que impactem positivamente todos os elos da cadeia produtiva do algodão”, conclui o executivo.
A Bayer conquistou a preferência dos cotonicultores nas últimas safras, ocupando 51,2% do mercado de biotecnologias em algodão. Para a próxima safra, o produtor poderá contar também com nova biotecnologia desenvolvida pela empresa, a Bollgard 3 RRFlex. “Temos alcançado resultados bastante positivos em produtividade, sanidade e qualidade de fibra com a nova geração da biotecnologia”, reforça Prudente.
A biotecnologia facilita o manejo, trazendo mais segurança para o agricultor e para o meio ambiente, além de contribuir na redução dos custos de produção resultantes pelo menor uso de insumos agrícolas e recursos naturais.
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