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Estudo traça perfil de arquitetos e urbanistas no Brasil

Censo revela detalhes do segmento de Arquitetura e Urbanismo no país; especialista em arquitetura e paisagismo comenta principais tópicos da pesquisa e traça perspectivas para o futuro

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7/4/2022 – Arquitetura é estética, harmonia de espaços e qualidade de vida. Possui uma função social e veio em prol de servir o homem

Censo revela detalhes do segmento de Arquitetura e Urbanismo no país; especialista em arquitetura e paisagismo comenta principais tópicos da pesquisa e traça perspectivas para o futuro

A idade média dos profissionais de arquitetura e urbanismo no Brasil é 35 anos. A maioria (58%) é formada por mulheres, os homens correspondem a 30%, 1% são não binários e 11% preferiram não informar. As informações fazem parte do II Censo das Arquitetas e Arquitetos e Urbanistas do Brasil, divulgado pelo CAU/BR (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil) em dezembro de 2021.

O Censo também revela que 87% dos profissionais atuam, de fato, no setor de Arquitetura e Urbanismo. Além disso, 62% dos entrevistados trabalharam com arquitetura de interiores nos últimos dois anos (entre 2018 e 2020). Na sequência, concepção de projetos (49%), acompanhamento da etapa de execução (45%), paisagismo (17%) e planejamento urbano (11%) foram as principais áreas de atuação mencionadas pelos participantes.

Ainda de acordo com o estudo, mais da metade (51%) dos entrevistados prestam serviços autônomos, 13% tocam o próprio negócio, 15% têm salário fixo e 12% possuem outras fontes de renda.

A respeito dos rendimentos, o Censo indicou que que 35% dos arquitetos e urbanistas recebem entre um e três salários mínimos (R$ 1.212 R$ 3.636, no valor atual) por mês, 28% ganham entre três e seis salários mínimos (R$ 3.636 a R$ 7.272) e 11% informaram que possuem ganhos entre seis e nove salários mínimos (R$ 7.272 a R$ 10.908). Em contrapartida, 6% dos profissionais ouvidos pelo Censo afirmaram que não têm nenhuma renda e 10% contaram que recebem menos do que um salário mínimo.

O II Censo das Arquitetas e Arquitetos e Urbanistas do Brasil foi realizado pelo CAU/BR e contou com o apoio do Instituto Datafolha. A pesquisa coletou respostas de 41.897 profissionais durante o primeiro semestre de 2020, sendo a maior parte (71%) composta por moradores das regiões Sudeste e Sul do Brasil. 

Baixa valorização versus exploração de novos nichos

Para a arquiteta e urbanista Annah Paula Freire, especialista em arquitetura e paisagismo, o interesse pela área demonstra que é possível esperar que haja, no futuro, profissionais interessados e dedicados, qualificando o setor. Contudo, a baixa valorização da profissão foi um elemento bastante citado pelos entrevistados e isso, para ela, é um dos pontos a serem debatidos pela sociedade em geral, visto que a arquitetura e o urbanismo fazem parte do dia a dia de todas as pessoas. “É algo que deve ser repensado e mudado o mais rápido possível”.

Na visão de Annah Paula Freire, os novos profissionais têm que ter o discernimento de que precisam criar novos nichos. “A criatividade no arquiteto e paisagista tem que ser um ponto forte, e muitos vêm fazendo mais do mesmo, sem lembrar que arquitetura é estética, harmonia de espaços e qualidade de vida. Possui uma função social e veio em prol de servir o homem”.

A arquiteta e urbanista destaca que o número crescente de ingressantes na área pode despertar um olhar de que há profissionais demais, ou até mesmo sobrando. “Todavia, só se tem essa visão, pois as pessoas ainda não despertaram para a pluralidade desta profissão”, diz.

Perspectivas para o futuro pós-pandemia

Segundo o estudo, no que diz respeito ao futuro, 32% dos arquitetos e urbanistas possuem perspectivas positivas para o mercado nos próximos anos, percentual inferior ao Censo de 2012, quando esse percentual estava na casa dos 58%. 

A arquiteta Annah Paula Freire, que atua no ramo de paisagismo, reforça que, em um ambiente pós-pandêmico, profissionais de arquitetura e urbanismo devem se concentrar em projetar locais com destaque para áreas abertas. Além disso, ambientes focados a todas as pessoas com necessidades especiais devem ganhar evidência, já que o mundo está, cada dia mais, caminhando para a acessibilidade. “Apesar de já termos ‘passado do tempo’, temos que correr atrás do prejuízo”.

Para a paisagista com mais de 20 anos de carreira, que ministra cursos sobre o setor, o paisagismo é a possibilidade de levar a harmonia aos espaços com projetos práticos e possíveis.

Para mais informações, basta acessar: https://annahpaulafreire.com.br/home.html

Website: https://annahpaulafreire.com.br/home.html

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