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Consumidor deve se atentar às taxas cobradas em empréstimos

Consumidor deve se atentar às taxas cobradas em empréstimos
Consumidor deve se atentar às taxas cobradas em empréstimos

Advogado especialista explica como identificar se os empréstimos concedidos pelas instituições financeiras cobram juros abusivos e como requerer a restituição desses valores

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A cobrança de juros abusivos em contratos de empréstimo tem preocupado os consumidores brasileiros. Segundo um levantamento realizado pela plataforma Acordo Online, e publicado pela CNN Brasil, 18% citam o patamar elevado dos juros como causa para não quitar dívidas.

Reconhecer essa prática pode garantir a justiça e a equidade nas relações de consumo, uma vez que o consumidor estará ciente das taxas de juros médias praticadas no mercado. O Banco Central do Brasil publica regularmente essas informações, permitindo que o cidadão compare as taxas cobradas em seu empréstimo.

De acordo com o advogado especialista em Direitos Bancários, David Eduardo da Cunha, se a taxa aplicada for excessivamente superior à média, pode-se considerar que há indícios de abusividade. “O consumidor tem direito a uma taxa de juros explícita no contrato, e que esteja dentro da normalidade. Índices muito acima da média podem ser considerados abusivos pela Justiça”.

“Alguns tribunais têm entendido que quando a taxa de juros supera a taxa média de mercado em mais de 10%, já pode ser considerada abusiva. Outros reconhecem a prática apenas quando a taxa supera em 50% a média de mercado”, completa.

O especialista aponta que, antes de recorrer a instâncias externas, é aconselhável que o consumidor formalize uma reclamação junto à instituição financeira, apresentando os documentos que comprovam a abusividade e solicitando uma revisão das condições do empréstimo.

Por outro lado, ele ressalta que nos casos em que o banco não resolver a questão administrativamente, é possível solicitar a restituição de forma judicial. “Algumas instituições não solucionam, nem mesmo pelo Procon. Na justiça, o consumidor pode receber tudo que pagou a mais, incluindo juros e correção monetária”.

Cunha afirma que alguns bancos têm extrapolado a média de mercado, chegando a cobrar taxas acima de 22% ao mês, enquanto o correto seria algo em torno de 5%. “Isso tem acontecido em empréstimos concedidos para negativados, aposentados, pensionistas e até mesmo para quem recebe bolsa família, por exemplo”.

“Para exemplificar, alguém que pegue um empréstimo de R$ 1.000,00 em um contrato de 22% de juros ao mês, caso não pague nenhuma parcela, deverá ao banco, ao final de 3 anos, a quantia milionária de R$1.284.150,25”, explica o advogado. “Nessas ações é possível restituir o que foi pago a mais pelo consumidor e acabar com dívidas milionárias, como a do exemplo citado”, comenta.

A taxa Selic, principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação, influencia diretamente a taxa de juros média de mercado. Quando ela aumenta, os bancos elevam os juros para empréstimos e financiamentos, intensificando a média de mercado e encarecendo o crédito para consumidores e empresas.

Conforme publicado pelo portal UOL, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) prevê que a taxa Selic alcance 11,25% ao ano. Em setembro, o Copom já havia aumentado a taxa para 10,75% ao ano, em resposta à valorização do dólar e à incerteza em relação à inflação.

Para saber mais, basta acessar: https://davideduardocunha.com.br/

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