Com o começo de um novo ano, começam também as previsões e tendências que estão por vir. Com os efeitos da pandemia de Covid-19 e a introdução de alterações no IDFA com o iOS 14 no início deste ano, mudanças profundas ocorreram no marketing mobile (e no mundo como um todo).
Com os efeitos desses eventos ainda presentes, 2022 parece ser outro ano transformador para o marketing mobile. Vejamos algumas das principais previsões e tendências que acredito para 2022.
Os efeitos da pandemia de Covid-19 levaram a mudanças duradouras em muitos setores, e um dos mais notáveis é a aceleração do e-commerce ao invés do comércio físico, comum no varejo. De acordo com o último relatório da Adjust, o Brasil registrou o segundo maior número de downloads de apps de comércio eletrônico no mundo, e a América Latina registrou um aumento de 27% de tempo de uso em apps de compras em 2021, mostrando a força das compras por celular no continente.
Como resultado dessa mudança, uma série de grandes varejistas, como a Sephora, mudaram seu orçamento interno para se concentrar mais em campanhas mobile do que em campanhas de lojas físicas. Para navegar neste espaço cada vez mais competitivo, os profissionais de marketing e desenvolvedores de aplicativos precisarão se concentrar na criação de experiências convenientes entre dispositivos, além de incentivar e reter seus usuários com sucesso.
Populares na Ásia, os “super apps” são aplicativos mobile que fornecem vários serviços para se tornar uma abrangente plataforma de comércio e comunicação. Aplicativos como o WeChat integram um grande número de “mini programas” que permitem aos usuários pedir um táxi, solicitar um empréstimo ou comprar de uma empresa local, tudo no mesmo lugar.
Muitos bancos estão criando recursos, como planejamento financeiro, diretamente em seus aplicativos — Guilherme Kapos
Seguindo essa tendência, os aplicativos financeiros em outras regiões, como o PayPal nos Estados Unidos e o Nubank se destacando no Brasil, estão se expandindo cada vez mais para fora dos serviços bancários, criando apps de finanças gerais e de estilo de vida. Muitos bancos estão criando recursos, como planejamento financeiro, diretamente em seus aplicativos, criando uma oportunidade para que seus apps forneçam serviços financeiros ao consumidor além de um banco regular.
Embora os podcasts não sejam uma novidade no espaço da mídia digital, nos últimos anos eles deram um salto em termos de crescimento do número de ouvintes, e os anunciantes perceberam. De acordo com a eMarketer, os investimentos com anúncios em podcasts ultrapassaram US $1 bilhão em 2021 e devem ultrapassar US $2 bilhões até 2023.
O crescimento e as atividades de conversão que acontecem na publicidade em podcast apresentam grandes oportunidades para os profissionais de marketing, especialmente no mercado brasileiro, já que 57% da população começou a ouvir podcasts durante a pandemia. Além disso, o Brasil é o quinto maior consumidor de podcasts no mundo atualmente.
Os podcasts estão intimamente ligados ao desenvolvimento do marketing de influência, com a confiança implícita no host ou criador do conteúdo, desempenhando um papel fundamental nas decisões de compra. Isso é particularmente verdadeiro para os compradores mais jovens, com 70% dos consumidores dos millennials e da geração Z relatando que compraram itens por recomendação de um social influencer.
Esperamos que os podcasts, e particularmente seus hosts, desempenhem um papel fundamental no direcionamento aos ouvintes mais jovens — Guilherme Kapos
Os compradores de anúncios estão respondendo, com quase metade planejando aumentar seus investimentos em podcasts e 71% planejando aumentar o investimento em conteúdo de marca por influenciadores, de acordo com Kantar. Nos próximos anos, esperamos que os podcasts, e particularmente seus hosts, desempenhem um papel fundamental no direcionamento aos ouvintes mais jovens.
A última década viu uma mudança constante nos hábitos de assistir televisão, da TV aberta ou serviços de TV por assinatura, para streaming e serviços over the top (OTT). A pandemia apenas acelerou essa tendência. O crescimento da TV conectada (CTV) explodiu em 2020 e 2021, e um grande fluxo de novos serviços de streaming entrou no mercado, incluindo HBO Max, Disney +, Apple TV + e Discovery +. Mais de um milhão de assinaturas de TV paga foram canceladas no ano passado, o movimento em direção ao streaming de CTV e OTT é claro.
No entanto, este grande fluxo também criou uma “overdose de serviços por assinatura”, já que o aumento nos serviços de streaming também significa mais taxas mensais para os usuários acessarem o conteúdo. Em última análise, há um limite para o número de assinaturas que a maioria das pessoas está disposta a fazer para esses serviços, e uma pesquisa recente da Hub Research já mostra que 41% dos entrevistados preferem assistir a conteúdo gratuito com anúncios.
Em 2022, esperamos ver muito mais opções de canais de streaming gratuitos e com suporte de anúncios. Isso dará aos anunciantes novas oportunidades dentro da CTV, que está evoluindo rapidamente como um canal de marketing. Enquanto os anúncios lineares da televisão convencional funcionam principalmente como um canal de reconhecimento de marca, os recursos da CTV permitem que as grandes telas se tornem mais um canal de marketing de desempenho, com novas opções de análise, rastreamento, refinamento, segmentação e promoção em dispositivos diferentes.
________________________
Por Guilherme Kapos. Diretor de vendas para a América Latina na Adjust.
LIPHOOK, Reino Unido, Dec. 22, 2024 (GLOBE NEWSWIRE) -- A Lumi Global, líder global em…
O Brasil lidera em inovação na América Latina. Apesar de desafios, investimentos públicos e políticas…
Psicóloga ressalta a urgência de políticas públicas para apoiar as vítimas de abuso emocional
O hotel, localizado no Sul de Minas Gerais, contará com atrações dedicadas a adultos e…
Uma das maiores programações gratuitas de Natal já está acontecendo na cidade e a expectativa…
O animal desorientado entra em desarmonia com o ambiente