Hildázio Santana, coordenador da editoria de esportes na TV Bahia, afiliada da Rede Globo, afirmou ter sido vítima de racismo na emissora, motivo que teria levado à sua demissão. O jornalista foi desligado do canal por um suposto furto de cafeteira. Em nota, a empresa afirma que a decisão foi “natural do dia a dia”.
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Segundo publicação feita por Santana sobre o ocorrido, em seu Instagram, ele teria sido acusado de “entrar furtivamente” na sala de reunião e apropriar-se de uma cafeteira da afiliada da TV Globo. No dia, ele havia movido o equipamento para outra sala, para utilizá-lo com colegas.
“Para você aí entender um pouco melhor o caso: retirei uma cafeteira pequena de uma sala e coloquei em outra sala. A cafeteira não saiu da TV Bahia. Continua lá até hoje. No dia seguinte fui chamado pelo diretor de jornalismo porque as imagens mostravam eu saindo com o equipamento de uma sala para outra”, escreveu.
Em reunião com o diretor de jornalismo, Eurico Meira da Costa, ele afirma ter sido repetidamente acusado do furto e questionado a respeito do tamanho de sua mochila e o que levava nela. Hildázio Santana ressalta que levou a cafeteira nas mãos para a outra sala, o que poderia ser visto em imagens das câmeras de segurança.
“Em vários momentos fui perguntado sobre o tamanho de minha mochila, o que levava nela. Atônito com a situação, não percebi o que realmente ele queria dizer. Meu Deus! Será que em quase 20 anos de TV Bahia e no cargo de liderança que exercia, coordenador geral de esportes, 7 promoções dentro da emissora, eu iria subtrair ou furtar, um equipamento de café?”, questionou o jornalista.
Nos comentários, Santana recebeu apoio de colegas. Acácia Lirya, ex-apresentadora do canal, manifestou apoio ao coordenador de esportes e criticou o diretor da afiliada. “Esse Eureca é um banana, só veio pra Salvador pra fazer merda! E o pior é que os acionistas são cegos e ele com toda incompetência e despreparo continua na direção da TV! Francamente!”, reclamou.
Posicionamento da TV Bahia
Em resposta, a TV Bahia emitiu uma nota a veículos de comunicação, na qual afirmou que a demissão do jornalista não foi baseada em racismo, e sim em questões gerenciais. A emissora completou, ainda, afirmando que trata seus colaboradores com respeito, igualdade e seriedade.
“Em virtude da circulação de notícias e comentários recentes a respeito do desligamento de um dos nossos colaboradores e dos fatos que o supostamente o motivaram, vimos a público esclarecer se tratar de uma decisão gerencial, natural do dia a dia de qualquer empresa privada, decisão essa embasada em questões profissionais, sem qualquer viés persecutório e/ou discriminatório”