A repórter Kelly Costa, da RBS TV, afiliada da Globo, foi vítima de violência verbal durante a cobertura das semifinais do Campeonato Gaúcho
Mais um caso de violência contra a mulher jornalista no esporte: a repórter Kelly Costa foi vítima de agressão verbal enquanto trabalhava para a RBS TV, em transmissão no SporTV, na cobertura da partida entre São José-RS e Brasil de Pelotas, realizada no domingo, 25. A profissional foi ofendida por um torcedor, que proferiu palavras de cunho machista. As informações são do Globoesporte.com.
Em vídeo veiculado no SporTV, é possível ver o momento em que o torcedor agride a jornalista da afiliada da Globo. O homem foi identificado, retirado do estádio pela Brigada Militar e levado a um posto policial.
Em nota, a RBS TV repudiou o episódio. “A respeito das agressões verbais sofridas pela repórter Kelly Costa, da RBS TV, durante a cobertura do jogo São José x Brasil de Pelotas, nesse domingo, 25, o Grupo RBS reforça que repudia toda e qualquer forma de violência dirigida a jornalistas em atividade profissional e reitera sua inconformidade com acontecimentos desse gênero. A empresa está tomando as medidas legais para proteger a profissional e garantir a apuração dos fatos”, informa a emissora.
#Deixaelatrabalhar
Ao SporTV, a jornalista Kelly Costa falou sobre o ocorrido e reforçou a campanha #Deixaelatrabalhar, lançada no mesmo dia em que foi vítima de violência durante o trabalho. O manifesto assinado por 52 jornalistas pede respeito. “Hoje é um dia tão importante, histórico para a imprensa, para as mulheres da imprensa. Foi lançada uma campanha em todas as redes sociais. A gente ainda tem que passar por situações como essa. Não é a primeira vez que a gente escuta ofensas, insultos dentro do estádio. Não é só a Kelly Costa que sofre com isso. Tantas repórteres, apresentadores, bandeirinhas, gandulas, árbitras escutam isso todo jogo. E mesmo falando sobre isso, o assunto não se esgota. Já fui alvo de ofensas da torcida, sofri ato de machismo envolvendo técnico de futebol. A gente vê que se esse movimento envolvendo mais de 50 jornalistas é para mostrar nossa indignação. A gente não quer conviver com isso. Pelo contrário, a gente quer combater isso. Queremos trabalhar com tranquilidade sem provar nada para ninguém”, desabafou Kelly.
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