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Repórter do O Globo é agredido por segurança de Lula

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As viagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por cidades no Sul do país, iniciadas em 19.mar.2018, foram marcadas por pelo menos quatro agressões contra jornalistas

Nesta segunda-feira (26.mar.2018), o repórter Sergio Roxo (O Globo) foi agredido por um segurança do ex-presidente com um soco na orelha esquerda durante a cobertura de um protesto contrário a Lula em Francisco Beltrão (PR). De acordo com informações do jornal, Roxo tentava filmar seguranças do ex-presidente chutando dois manifestantes anti-PT quando um segurança ordenou que ele parasse de fazer o registro. O repórter parou de filmar. Outro agente mandou que Roxo apagasse o vídeo de seu celular, mas o jornalista se recusou e foi atingido pelo soco.

Na sexta-feira (23), a repórter Débora Ely foi agredida verbalmente por manifestantes anti-PT em Passo Fundo (RS). Ao se identificar como jornalista para uma das pessoas que protestavam, foi alvo de gritos “RBS comunista, jornalista petista”. A hostilidade continuou mesmo depois de Débora se afastar; além dos gritos, alguns manifestantes atiraram ovos na direção da repórter.

A fotojornalista freelancer Isadora Stentzler foi atingida nos olhos por um jato spray de pimenta dado por um policial militar no último sábado (24), enquanto cobria protestos contra Lula em Chapecó (SC). Segundo ela, depois de se recuperar, foi ameaçada por outro policial: “Sai daqui. Ou quer spray na cara de novo?”. Antes, Isadora foi agredida por manifestantes anti-PT: um deles a empurrou e outro, atirou ovos. O fotógrafo Carlos Rafael de Souza também foi atingido por ovos.

A Abraji repudia toda e qualquer agressão a jornalistas no exercício da profissão.

O uso de violência contra jornalistas atenta diretamente contra a liberdade de expressão — a mesma que garante a realização de protestos e de comícios políticos. Atacar um jornalista é comprometer um dos fundamentos da democracia, o acesso à informação.

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Abraji

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Criada em 2002 por um grupo de jornalistas brasileiros interessados em trocar experiências, informações e dicas sobre reportagem, principalmente sobre reportagens investigativas. É mantida pelos próprios jornalistas e não tem fins lucrativos.

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