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“O rádio jamais vai morrer”. Entrevista com Valter Lima

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Apresentador da Rádio Nacional, emissora que completa 60 anos neste mês, Valter Lima aposta na força do meio no futuro. E avisa: quando morrer, ele vai querer ser locutor de Deus

Não há como falar da Rádio Nacional e não lembrar de Valter Lima. Da mesma forma que a história da emissora se funde com a da construção de Brasília, a história de Valter se mistura com a trajetória do veículo. E na semana em que a Rádio Nacional de Brasília completa 60 anos, ele fala de seu compromisso com a informação e com os seus ouvintes.

Para Valter Lima, “a Rádio Nacional teve e continua tendo um papel social muito grande” no país. A entrevista com Valter Lima foi ao ar no ‘Conversa com Roseann Kennedy’. A edição do programa foi transmitida nesta segunda-feira, 28, às 21h15, na TV Brasil.

Apresentador, âncora e locutor do programa mais longevo de rádio do Brasil, Valter trata de uma variedade de assuntos em seu programa. O ‘Revista Brasil’ traz debates, entrevistas e reportagens sobre os assuntos mais relevantes do momento. Durante esses anos no ar, que podem ser contados em décadas, a atração sempre foi marcada pela prestação de serviços.

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Roseann Kennedy entrevistou o comunicador Valter Lima (Imagem: reprodução/TV Brasil)

Rádio – vida e futuro

E é assim que o comunicador define a sua paixão pelo veículo. “O rádio é minha vida. Eu não me imagino fora de uma estação de rádio. É o prazer de poder prestar um serviço. É saber que aquela notícia que você está passando, está ajudando alguém. Ou a sair de um engarrafamento ou a notícia de que alguém que está precisando de alguma coisa”.

Em tempos de plataformas digitais e de convergência midiática, Valter Lima defende com otimismo. “O rádio jamais vai morrer”. Diz que costuma falar em suas palestras para estudantes sobre a necessidade de renovação do veículo que escolheu por paixão.

“O rádio, quando você vê nele aquele veículo que você pode tudo, em termos de transmissão, em termos de comunicação, faz com que, tanto quem esteja do lado de cá, apresentando; como quem está do lado de lá, ouvindo, são dois que se apaixonam. São dois públicos distintos que realmente se apaixonam”, analisa o comunicador.

Descoberto pela professora

Lima relembra que teve a voz observada quando ainda cantava no coral da escola. Ao ser descoberto pela professora, diz que ficou tão envergonhado que nunca mais cantou, mas aprendeu a trabalhar a voz para a sua futura profissão. “Aprendi realmente a trabalhar um pouco com a voz e com a voz é que fui tocando essa atividade”.

Em toda a sua história nas ondas do rádio, diz que sempre valorizou a credibilidade e a seriedade. “Rádio tem que ser feito com muito respeito ao ouvinte que está do outro lado, que confia no seu trabalho. Porque uma coisa é você fixar um programa. Outra coisa é você segurar esse programa durante 32 anos com credibilidade”.

E não importa a distância, seja na cidade ou no campo, para onde quer que Valter Lima continue levando a sua voz e a sua comunicação, ele revela-se um incansável quando o assunto é levar notícias. “Quando morrer, eu vou ser locutor de Deus. Qualquer coisa, deixa comigo, que eu mando o recado lá pra baixo”.

Assista ao vídeo do ‘Conversa com Roseann Kennedy’ com Valter Lima:

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EBC

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