Com a justificativa de que o assédio sexual na Rússia foi muito forte, a Fifa criou medida em que pede para as emissoras não mostrarem “torcedoras bonitas”
Na quinta-feira, 12, a Fifa divulgou pedido para que as emissoras de televisão não mostrem “torcedoras bonitas e atraentes” durante os últimos jogos da Copa do Mundo de 2018, competição que tem a partida final marcada para este domingo, 15. Segundo informa o Estadão, a medida chega em função dos numerosos casos de assédio.
A reportagem do Estadão noticia que, segundo o chefe do departamento de responsabilidade social da Fifa, Federico Addiechi, o sexismo na Rússia foi mais frequente que o racismo. No total, do primeiro dia de jogo até o momento, foram registradas 45 denúncias sexuais. Os casos vão desde os abusos contra torcedoras até o caso do grupo de brasileiros que assediou uma estrangeira em um vídeo e os ataques contra as repórteres que estavam no país para cobrir a competição.
A violência contra mulheres jornalistas foi tratada em pautas no Portal Comunique-se, como o caso da repórter russa contratada pelo iG que foi assediada por brasileiros, a violência sexual contra Júlia Guimarães, que quase foi beijada por um homem que passou ao seu lado enquanto ela se preparava para entrar ao vivo, e o caso de Laura Zago, comunicadora que em um dos ataques – ela sofreu três durante a Copa – quase foi beijada à força.
Sobre a medida de “mostrar menos mulheres na TV”, a Fifa informa que a decisão é uma “evolução normal”, apontando que, em comparação com a Copa anterior, em 2014, no Brasil, as filmagens dos jogos melhoraram. A organização espera que o telespectador que está em casa acompanhando o mundial pela TV possa ver imagens mais respeitosas das mulheres nos estádios.