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Mais uma repórter é assediada ao trabalhar na Copa

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Júlia Guimarães, que é repórter da Globo, foi assediada enquanto se preparava para entrar ao vivo. Essa é a segunda vez que a profissional da imprensa é vítima desta violência durante a cobertura da Copa

“Não faça isso! Nunca mais faça isso, ok? Eu não te autorizei a fazer isso. Nunca! Ok? Isso não é educado, isso não é certo. Nunca faça isso! Nunca faça isso com uma mulher. Respeito!”. Essas foram as palavras da repórter Júlia Guimarães, que pela segunda vez foi vítima de assédio sexual durante a cobertura da Copa do Mundo. No vídeo divulgado pela Globo, a comunicadora aparece em frente à câmera se preparando para entrar ao vivo quando é assediada: um homem tenta beijá-la.

O episódio envolvendo a jornalista aconteceu no domingo, 24. Júlia estava prestes a fazer entrada no ‘Esporte Espetacular’ para reportar informações antes do jogo Japão x Senegal, em Ecaterimburgo. As imagens revelam que um homem vem do lado direito da jornalista e tenta beijá-la. A profissional consegue se esquivar e, em seguida, pede para que o homem deixe de assediar mulheres. Ele sai se desculpando.

Júlia falou sobre ter sido assediada. Por meio das redes sociais, revelou que a Rússia foi palco para duas situações de violência sexual contra ela. “Eu nunca passei por isso no Brasil, mas que fique bem claro que é por sorte mesmo, porque acontece muito no Brasil, já vimos várias vezes com colegas da imprensa. Estou vivendo isso muito aqui na Rússia, desde olhares agressivos até cantadas em russo, que obviamente eu não entendo, mas sinto. E é a segunda vez que acontece algo físico, de um cara tentar me beijar. Na primeira vez, foi antes do jogo entre Egito e Uruguai, e eu acho que era russo. Agora com certeza era russo. É horrível. Eu me sinto indefesa, vulnerável. Desta vez eu dei uma resposta, mas é triste, as pessoas não entendem. Eu queria entender por que a pessoa acha que tem direito de fazer isso”.

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O caso de violência contra Júlia Guimarães acontece três dias depois de ela, ao lado da também jornalista Amanda Kestelman, relatarem o assédio o machismo em reportagem para o Globoesporte.com. Com o título “Como a Copa, o machismo é do mundo. A hostilidade se revela nas ruas e estádios”, o texto veiculado pelas repórteres revela uma sala de imprensa cheia de homens e ressalta que a Rússia o machismo é mais evidente do que no Brasil.

“Um clima de ‘vale tudo na Copa” está na cabeça de muitos (não todos, claro) grupos de estrangeiros que viajaram até a Rússia. E as brincadeirinhas quase nunca tem graça. Uma das repórteres que escreve esse texto foi beijada por um torcedor uruguaio enquanto aguardava uma entrada ao vivo na porta do estádio. Os outros ficaram rindo. Mas, acredite, não teve a menor graça”, diz um trecho do texto, assinado pela comunicadora assediada, que pode ser lido aqui.

A situação resultou em especial para o ‘Fantástico’, que aproveitou a triste oportunidade para falar dos grupos de brasileiros que passaram dos limites e aparecem em vídeos humilhando mulheres. O tema foi tratado também no ‘Mais Você’, que conversou com Júlia Guimarães. Na ocasião, Ana Maria Braga elogiou a postura da repórter a incentivou que outras mulheres denunciem episódios parecidos. “Esse é um problema que não tem nacionalidade. Não tem país. É uma postura machista que deve ser reagida. A gente tem que reagir”.

Assédio 3 X 0 Respeito

Na última semana, o Portal Comunique-se veiculou reportagem sobre o caso de assédio envolvendo torcedores brasileiros que estão na Rússia. A vítima foi uma repórter russa contratada pelo iG. Em vídeo divulgado na internet, os homens aparecem cantando versos como “chupar xoxota” e “meter a língua na sua vagina”. A reportagem completa pode ser lida aqui.

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Redação

Equipe responsável pela produção de conteúdo do Portal Comunique-se.

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