RedaçãoSem acordo, jornalistas da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC) criam abaixo-assinado. Eles tentam pressionar a empresa a cumprir a sentença de pagamento de valores atrasados. Profissionais seguem em greve
Já se passou um mês depois de o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT15), de Campinas, determinar que a Rede Anhanguera de Comunicação (RAC) deve quitar a dívida com os jornalistas. Até o momento, porém, nada mudou. Com o intuito de pressionar a empresa de mídia, os comunicadores, que estão em greve há mais de 130 dias, criaram abaixo-assinado. No documento, eles pedem ajuda à Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
De acordo com as informações do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), a ideia dos profissionais é que a ABI possa pressionar a RAC a cumprir a sentença que determina a quitação dos pagamentos em atraso ou que ao menos a empresa converse com os trabalhadores sobre o assunto. A iniciativa do abaixo-assinado conta com o apoio do sindicato.
A decisão publicada em maio deu prazo de cinco dias para que a RAC quitasse os valores. A pena por descumprimento seria multa diária de R$ 500,00 por trabalhador. Responsável pelos jornais Correio Popular, Notícia Já e Gazeta de Piracicaba, pelas revistas Metrópole e VCP News, e pelo portal RAC.com, a Rede Anhanguera de Comunicação atrasa os salários dos funcionários desde 2015. Em fevereiro deste ano, o sindicato denunciou que a empresa tinha acertado somente metade do salário de novembro. Os valores de dezembro, janeiro, 13° e 1/3 de férias seguiam em aberto. Sem acordo com a RAC, os jornalistas decidiram fazer a greve. O movimento se estende até hoje, 131 dias depois do início da paralisação.
À época da decisão, o sindicato informou que o Tribunal determinou envio de ofício com a íntegra do processo ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para que outras medidas pertinentes sejam tomadas. A RAC não se manifestou sobre o acórdão.
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