Leitor-ArticulistaJornalista especialista em marketing político, Alessandra Fedeski analisa a renovação do Congresso com as mudanças em processos de comunicação. Confira o artigo publicado no Portal Comunique-se
A renovação das cadeiras do Congresso Nacional terá reflexos na comunicação política que até então vinha sendo feita? Creio que sim, pois da mesma forma que as redes sociais tiveram responsabilidade pela eleição do presidente Jair Bolsonaro e pela pressão popular para a queda de Renan Calheiros da presidência do Senado, elas também serão as protagonistas deste novo cenário político brasileiro, o que inclui a comunicação realizada nos mandatos.
As estratégias de comunicação dos profissionais da comunicação e do marketing político devem considerar o amplo uso das redes pelo próprio político, com selfies e vídeos feitos nos mais variados momentos, com postagens de cunho pessoal se mesclando com as de cunho profissional – essas planejadas e produzidas pelas equipes de comunicação. Mas esse é também o comportamento de boa parte dos usuários das redes sociais, ainda que sem estratégia previamente definida, porém com força para se difundir de forma rápida e expressiva. Essa proximidade entre o político e o eleitor, fortalecida amplamente pelas redes sociais, vai estar cada vez mais presente no decorrer dos mandatos.
“Mais do que nunca, a comunicação deixou de ser feita de um para muitos” (Alessandra Fedeski)
Com isso, a consolidada fortaleza das redes sociais estimula a produção de conteúdo para estes meios, destituindo a hegemonia televisiva e dando oportunidades para que o trabalho de um maior número de profissionais se destaque. Mas para isso é necessário entender o funcionamento e as peculiaridades de cada uma das redes sociais disponíveis para direcionar a comunicação e se aproximar dos usuários. Mais do que nunca, a comunicação deixou de ser feita de um para muitos. Estamos na era na qual uma simples postagem de um desconhecido pode ganhar força coletiva para influenciar decisões políticas.
Cabe a nós, profissionais da comunicação, atualizar-se constantemente no que se refere a conhecimento e tecnologia, mas também fixar o olhar no que está sendo feito na ponta, nas repercussões geradas e no comportamento do público.
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Por Alessandra Fedeski. Jornalista com especialização em marketing político.
