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Após justiça censurar jornais, site de Glenn Greenwald publica conteúdo sobre extorsão a Marcela Temer

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Com objetivo de defender e apoiar a liberdade de imprensa, o The Intercept, site do jornalista Glenn Greenwald, publicou a íntegra do material sobre a chantagem a primeira-dama Marcela Temer. O tema ganhou destaque na mídia na última sexta-feira, 10, e deu origem às reportagens que os jornais Folha de S. Paulo e O Globo tiraram do ar na segunda-feira, 13, após decisão da Justiça.

De acordo com o site, o objetivo é que o público possa analisar os materiais censurados pelo juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília. Ao publicar os documentos, o The Intercept afirma que não há nada mais perigoso do que políticos e tribunais aliados para determinar o que jornais podem ou não publicar, e que fará o possível para retificar os ataques ao direito à informação.

“Fazemos isso em defesa do direito da imprensa de trabalhar sem ser censurada pelo Estado, assim como para levar informações vitais que o público tem direito de conhecer sobre seus líderes. Continuaremos a analisar o material para estabelecer o que atende ao interesse público”, diz o site na apresentação dos documentos.

Segundo o The Intercept, a iniciativa não foi tomada por afeto à Folha ou ao O Globo. O site afirma que ambos atacam a liberdade de imprensa e encabeçam processo por meio de uma associação que busca negar a veículos como BBC Brasil, El País Brasil, BuzzFeed Brasil e o próprio site de Greenwald o direito de reportar assuntos sobre o Brasil.

“Pelo contrário, fazemos isso por reconhecer que o ataque à liberdade de imprensa de qualquer meio de comunicação – mesmo do Globo e da Folha – representa uma ameaça à liberdade de imprensa de todos. Estamos publicando o material em defesa do direito dos meios de comunicação de trabalharem sem qualquer censura por parte do Estado, assim como para levar informações vitais que o público tem direito de saber sobre seus líderes”, afirma o site.

Entenda a história
O caso em questão surgiu da tentativa de chantagem à primeira-dama e ao presidente Michel Temer, feita pelo hacker Silvonei José de Jesus Souza, que clonou e roubou os dados do iPhone de Marcela Temer e passou a ameaçá-la. Ele foi condenado em outubro de 2016 a cinco anos e 11 meses de prisão por estelionato e extorsão, e cumpre pena em Tremembé (SP).

Souza exigia o pagamento de R$ 300 mil para que o material não fosse divulgado. Além disso, ele usou o acesso ao iPhone da primeira-dama para extorquir R$ 15 mil do irmão dela. Os processos que falam sobre o tema são públicos e podem ser acessados pelo site do Tribunal de Justiça de São Paulo. A Folha divulgou o número dos processos, que são: 0000057-20.2017.8.26.0520, 0036961-28.2016.8.26.0050, 0036960-43.2016.8.26.0050 e 0032415-27.2016.8.26.0050.

Na sexta-feira, 10, a Folha publicou conteúdo descrevendo algumas das mensagens enviadas pelo hacker à primeira-dama pelo WhatsApp. A publicação explicou que autor das ameaças alertou que, se divulgado, o material poderia prejudicar a reputação do presidente Temer. O jornal também publicou outras mensagens de WhatsApp enviadas pelo hacker.

 

O presidente Temer e sua esposa negaram que o material hackeado revele qualquer irregularidade. Porém, o presidente enviou seus advogados para requerer, em nome de sua esposa, uma ordem judicial para que as reportagens da Folha e O Globo fossem retiradas do ar e que os materiais sobre o conteúdo das conversas não tivessem publicidade no futuro.

O tribunal não apenas emitiu a ordem como impôs multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Como resultado, a Folha e o Globo apagaram de seus sites as reportagens sobre o assunto. Em seguida, os textos foram substituídos por matérias sobre a ordem judicial.

“Em coletiva de imprensa realizada hoje (segunda-feira, 13), o presidente negou que tenha buscado qualquer tipo de ‘censura’, mas não fundamentou sua afirmação. De fato, a supressão de reportagens jornalísticas visando proteger aquele que ocupa o posto de maior poder no país é um caso clássico de censura, e da mais perigosa espécie”, ressaltou o The Intercept.

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Tácila Rubbo

Formada em jornalismo pela Fiam-Faam. Foi trainee de redação do Portal Comunique-se de setembro de 2016 a abril de 2018. Começou na empresa como estagiária, função que desempenhou por um ano e dez meses. Depois, foi a responsável pelo conteúdo de parceiros publicado no site, avaliando os materiais recebidos e mantendo contato com os “articulistas-parceiros”. Cuidou de produções externas e, claro, produziu notas e reportagens especiais. Desde maio a agosto de 2018, foi analista de social media do Grupo Comunique-se.

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