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Arie Halpern: a infodemia é tão ameaçadora quanto o novo coronavírus

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A necessidade de informação que qualquer ameaça desperta vem sendo usada para disseminar milhões de mensagens com informações falsas e tentativas de golpes.

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30/4/2020 – As crises geram níveis elevados de incerteza e ansiedade, fazendo com que as pessoas busquem cada vez mais informações sobre a ameaça a que estão expostas.

Paralelamente aos esforços globais para conter o propagação do novo coronavírus, há um grande contingente de autoridades, especialistas e outros profissionais empenhados no combate a um outro fenômeno, igualmente nocivo: a disseminação de notícias falsas e golpes cibernéticos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que “não estamos lutando somente contra uma pandemia, estamos combatendo também uma infodemia. E complementou: “as notícias falsas se alastram mais rapidamente e facilmente do que o novo coronavírus e são tão perigosas quanto ele”.

Assim como dão margem à multiplicação de informações, os grandes surtos de doenças ou acontecimentos globais sempre vieram acompanhados de uma onda de desinformação. A diferença agora é que o mundo está mais conectado e as mídias sociais amplificaram esse fenômeno. Além de disseminar informações falsas, circulam também milhões de mensagens contendo tentativas de golpes.

Segundo o Google, golpistas estão enviando 18 milhões de e-mails falsos sobre a Covid-19 diariamente para usuários do Gmail. Dos mais de 100 milhões de e-mails que contêm tentativas de fishing (nas quais mensagens ou links se fazendo passar por entidades oficiais são enviados para obter dados pessoais dos usuários e usá-los de forma criminosa) bloqueadas todos os dias pelo Google, cerca de um quinto são relacionados ao novo coronavírus. A empresa acredita que o tópico seja o que mais gerou fishing até hoje. A pandemia da Covid-19 também é usada para pedir doações para causas inexistentes ou para fazer o download de softwares maliciosos ou que contenham vírus.

“As tentativas de fishing são, via de regra, relacionadas a questões urgentes ou que envolvam aspectos emocionais, com o intuito de fazer as pessoas agir por impulso e a pandemia que enfrentamos é um tema que desperta em todos preocupação e solidariedade”, avalia Arie Halpern, especialista em tecnologias disruptivas.

Na guerra da desinformação, um dos casos de maior repercussão nos últimos dias tem como alvo Bill Gates, o cofundador da Microsoft e hoje um dos maiores filantropos do mundo. Numa conferência do TED, em 2015, Gates alertava que o maior risco para a humanidade não era a guerra nuclear, mas um vírus altamente contagioso que poderia ameaçar a vida de milhões de pessoas.

Desde a eclosão da pandemia da Covid-19, o vídeo teve 25 milhões de visualizações no YouTube. Nas últimas semanas, ele passou a ser atacado em milhares de posts no YouTube, Twitter e Facebook, que o acusam falsamente de ter criado o novo coronavírus para se beneficiar. Foram mais de 16 mil postagens no Facebook, curtidas quase 900 mil vezes. No YouTube, os dez vídeos mais populares acusando Gates foram vistos quase cinco milhões de vezes.

Plataformas de mídias sociais mudam configurações para combater a desinformação

Plataformas de mídias sociais como Facebook, Google, TikTok, YouTube, entre outras, vêm tomando medidas para combater a disseminação de rumores e informações erradas. Um dos primeiros foi o WhatsApp, limitando o encaminhamento de mensagens, fotos, vídeos e textos para combater a disseminação de notícias falsas. Agora, o Facebook anunciou que, em breve, os usuários que lerem ou compartilharem informações falsas sobre o novo coronavírus receberão um alerta e serão direcionados para a página da OMS que reúne uma lista de rumores e notícias falsas sobre a pandemia. E, se forem pegos uma segunda vez, serão banidos da plataforma.

A medida foi tomada após os resultados de um estudo do grupo ativista americano Avaaz, em que foram analisadas postagens em diversos idiomas. Segundo o relatório, 30% dos posts com conteúdo falso sobre a Covid-19 no Facebook, em inglês, não foram identificados pelos responsáveis pela checagem da plataforma. Em outros idiomas, o percentual é ainda maior: 70% em espanhol, 68% em italiano e 50% em português. Para os pesquisadores do Avaaz, os números são apenas a ponta do iceberg, pois somente os posts incluídos na amostra foram compartilhados mais de 1,7 milhão de vezes no Facebook.

“As crises geram níveis elevados de incerteza e ansiedade, fazendo com que as pessoas busquem cada vez mais informações sobre a ameaça a que estão expostas. É um instinto da natureza humana, que alguns decidem explorar de forma negativa para benefício próprio”, conclui Halpern.

Website: http://www.ariehalpern.com.br/a-infodemia-e-tao-ameacadora-quanto-o-novo-coronavirus/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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