A agência de checagem Aos Fatos lançou nesta mês um banco de dados com verificações de declarações dadas por Jair Bolsonaro desde que assumiu a presidência. O projeto foi inspirado em trabalho realizado pelo jornal dos Estados Unidos The Washington Post, que faz o mesmo com os pronunciamentos de Donald Trump desde que tomou posse.
O banco de dados lançado no 68º dia de governo Bolsonaro, revela que o presidente deu 82 declarações falsas ou distorcidas no período. Em média, uma informação equivocada por dia desde que assumiu o cargo. O banco reúne apenas declarações dadas diretamente por Bolsonaro, sem levar em conta replicações de postagens feitas por terceiros (retuítes) ou manifestações de outros membros do governo, incluindo o porta-voz.
Tai Nalon, diretora executiva e cofundadora do Aos Fatos, conta que a ideia do projeto surgiu por uma sugestão feita pelo editor-chefe da coluna de checagem de fatos do The Washington Post, Glenn Kessler. “Logo depois da eleição de Bolsonaro no segundo turno, definimos que seria uma das metas para este ano publicar esse agregador de declarações”, comenta a jornalista. “Colocamos de três a quatro meses entre a idealização, concepção, desenvolvimento do projeto e a publicação”.
Em janeiro, a Aos Fatos lançou o “Tweets de Bolso“, que registra todas as postagens feitas por Jair Bolsonaro no Twitter, mesmo que sejam apagadas posteriormente. A diretora disse que os projetos são feitos pensando em uma cobertura em longo prazo: “A ideia é que essas bases concentrem uma quantidade de dados para que daqui a 6 meses nós tenhamos capacidade para fazer um levantamento sobre, por exemplo, o que o Bolsonaro mais fala no Twitter”.
Tai Nalon afirma que, caso Bolsonaro corrija alguma das informações equivocadas proferidas em discursos, entrevistas ou por meio de redes sociais, o recuo será registrado no banco de dados. “Isso não aconteceu ainda”, afirma. “Nós não vimos correção dele de informações que nós checamos, mas se acontecer nós vamos registrar”.
A experiência do The Washington Post com o presidente Donald Trump, que em pouco mais de dois anos registrou 9.014 declarações falsas ou distorcidas, serviu de lição para a execução do projeto brasileiro. Nos dois projetos, há uma pessoa com dedicação exclusiva à checagem de declarações presidenciais. Tai Nalon afirma que isso é importante para que a pessoa esteja atualizada sobre o que o presidente diz a longo prazo, o que possibilita uma checagem mais minuciosa e uma avaliação sobre quais são as declarações dadas com mais frequência.
“A outra lição é que faz muito sentido checar rigorosamente tudo o que ele fala, para dar uma dimensão de como a mentira é usada pela gestão Bolsonaro”, defende a cofundadora da agência Aos Fatos. A diretora acredita que a checagem não se resume à correção de informações pontuais e ganha um papel mais importante “a partir do momento em que a mentira é usada como matéria prima nas declarações, na criação de políticas públicas e na tomada de decisões do governo”.
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Por Natália Silva.
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