Temos nos dias atuais situações que nos fazem recorrer à crítica da sociedade de comunicação de massa. Jovens que fazem tudo programado, e repetem ações em massa na internet. Não se faz raro ver o mesmo tipo de vídeo milhares de vezes na internet mudando apenas quem o faz.
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Segundo o Iluminismo, observa-se que o progresso da razão e a tecnologia deveriam servir como instrumentos de libertação do homem de suas crenças mitológicas e superstições, podendo proporcionar assim uma sociedade mais democrática e livre. Entretanto, essa indústria, ao ser administrada por outros interesses, as ferramentas tecnológicas e também as de ciência acabam sendo usadas com o intuito de manipular as decisões dos indivíduos.
Após isso, no decorrer dos anos 1970 e 1980, os autores adeptos aos conceitos da Escola de Frankfurt passaram a receber diversas críticas por apresentarem uma visão muito simplista das pessoas, especialmente após diferentes estudos apontarem que os indivíduos não podem ser extremamente manipulados, tal como Adorno e Horkheimer entendiam ser. Ressaltando ainda que não são todas as produções no âmbito cultural que possuem a intenção.
Assim, o que conseguimos compreender de tudo isso aplicado aos dias de hoje?
Exatamente que a maior crítica à sociedade de comunicação de massa está no entendimento de que a indústria cultural dominante da comunicação leva a uma dominação política. Isso é válido quando pensamos que nos dias atuais, a comunicação de massa está globalizada e mais forte do que nunca. Com a internet entrando nesta realidade, com os jovens reféns de redes sociais em seus celulares, é de importância começar a refletir o quanto o conteúdo que os mesmos são submetidos dia a dia estão dentro deste aspecto da dominação.
Quando nos perguntamos, será que estas gerações estão absorvendo informações importantes ou estão sendo alienadas por muitos dos conteúdos? Seu modo de viver, de agir e pensar é controlado e induzido por estes meios? É necessário que seja acompanhado mais de perto o que é consumido por toda sociedade e principalmente por uma nova geração que está mais sujeita que as anteriores pelo uso maciço da internet.
*Hélio Júnior é mestre em Comunicação, com especialização em Administração, Marketing, Direito, Compliance e Gestão de Risco.