Não importa mais o ano de nascimento, uma coisa é certa: você tem o WhatsApp baixado no seu smartphone e é nele que você gasta a maior parte do seu tempo em conversas e troca de informações com amigos, familiares e pessoas do trabalho. Estudo intitulado TIC Kids Online, divulgado recentemente pela Cetic.br, comprova o título deste artigo. Da geração Z aos maduros: todos encontram-se no WhatsApp. Observo este fenômeno desde 2016, quando comecei a estudar e analisar a comunicação pelo mensageiro.
O crescimento do uso do “Whats” ou “Zap Zap”, entre os maduros digitais (pessoas com mais de 50 anos) já era sabido e acompanhado ano após ano, principalmente desde 2016, quando avalio que o aplicativo tornou-se ainda mais popular no Brasil. É cada vez maior o número de pessoas mais velhas que utilizam o WhatsApp. Isso é um fato facilmente comprovado em nosso círculo de amizades. Sempre tem uma tia, um tio, ou até mesmo um vô ou vó querendo aprender a utilizar a ferramenta para participar dos grupos e manter uma comunicação ativa com sobrinhos e netos, por exemplo. (Esses dias ouvi o primeiro áudio emocionado da avó para sua neta que mora longe) É uma nova experiência de comunicação para esse público.
Em post recente no Instagram, Rafael Kiso, fundador e CMO da mLabs, plataforma de gerenciamento de mídias sociais, apresentou dados que comprovam essa realidade. De acordo com estudo Mind Miners, o WhatsApp é a rede social “queridinha” de 88% deste público. O Facebook e o Instagram aparecem logo em seguida na preferência, com 65% e 48%, respectivamente.
Se entre o público mais experiente o WhatsApp é o preferido, não é diferente entre a geração Z (pessoas nascida, em média, entre meados dos anos 1990 até o início do ano 2010). Em um universo de 3 mil crianças e adolescentes do Brasil, entre 9 e 17 anos, entrevistadas na pesquisa TIC Kids, o mensageiro já supera o Facebook. Ao traçar um panorama sobre o assunto em matéria publicada no jornal O Globo, Fábio Senne, coordenador de projetos de pesquisas do Cetic.br., afirmou: “na série histórica, a tendência é de manutenção do WhatsApp, de crescimento do Instagram e de forte queda do Facebook”.
Alguns dos dados da pesquisa são assim resumidos na matéria do jornal. “Nessa faixa etária, 79% dos internautas brasileiros possuíam conta no Facebook em 2015, percentual que despencou para 66% no ano passado. O WhatsApp se manteve estável, com 71% em 2015 e 70% nesta última edição do estudo, o suficiente para alcançar o posto de queridinho entre crianças e adolescentes. O Instagram, que era usado por 37% dos internautas, agora está nos smartphones de 45% dos brasileiros nesta faixa de idade. O Snapchat perdeu quatro pontos percentuais, passando de 27% para 23%”.
Embora a maioria insista em afirmar que o WhatsApp não é uma rede social, eu discordo e as pesquisas assim já o qualificam. Mais importante que isso: as pessoas já entendem assim. É pelo WhatsApp que elas se encontram com quem está perto ou, melhor, com quem está longe.
Dito isso, reforço duas reflexões que proponho em minhas palestras sobre comunicação pelo WhatsApp: quanto tempo você e seu público-alvo veem televisão, ouvem rádio, leem jornal e ficam no WhatsApp? Como você e, principalmente, seu negócio, órgão, entidade ou clientes usam o WhatsApp? Pense nisso!
Em artigo publicado em janeiro, reflito sobre WhatsApp e a carência de informações. Em 2017, a reflexão foi sobre WhatsApp: comunicação muito além de grupos.
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