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Depois dos 55 anos, fumantes pesados devem fazer tomografia dos pulmões regularmente

São Paulo-SP 10/2/2017 –

Quem fuma ou deixou de fumar até 15 anos atrás, quem fumou um maço de cigarros por dia nos últimos 30 anos ou dois maços por dia nos últimos 15 anos deve fazer tomografia computadorizada (TC) dos pulmões todos os anos se tiver idade entre 55 e 74 anos e alto risco para câncer de pulmão. Publicada no jornal da Associação Médica Canadense, a orientação não se aplica para todos os outros casos, já que esse não é um exame de rotina para diagnosticar precocemente uma lesão no pulmão. Relativamente novas, essas diretrizes têm como base um estudo realizado nos Estados Unidos que relata redução de 20% nas taxas de mortalidade por esse tipo de câncer ao realizar uma TC de baixa dose em indivíduos de alto risco. De acordo com a Sociedade Canadense do Câncer, em 2016 estavam previstos 28.400 novos casos de câncer de pulmão no Canadá – doença responsável por uma em cada quatro mortes por câncer naquele país.

No Brasil, estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) também previam mais de 28 mil novos casos de câncer de pulmão em 2016 – 17 mil em homens e 11 mil em mulheres. Na opinião do médico Claudio Ramos, diretor da Cedimagem – rede de diagnósticos por imagem com forte atuação em Minas Gerais e no Rio de Janeiro – a tomografia computadorizada deve ser realizada em pacientes com histórico de tabagismo pesado, mas cabe ao médico tomar essa decisão juntamente com o paciente, levando em consideração outros fatores relacionados ao contexto clínico. Ramos afirma que a tomografia computadorizada é um exame bastante eficiente não apenas na detecção, mas inclusive no acompanhamento da doença.

O especialista explica que esse exame possibilita uma visão em fatias milimétricas de todo o pulmão, permitindo detectar e medir as dimensões de um nódulo, sua posição e relação com as demais estruturas ao redor. “A TC também pode ser utilizada como alternativa para guiar biópsias de lesões pulmonares, que auxiliam no diagnóstico de tumores ainda em estágio inicial, elevando as chances de cura. Vale ressaltar que, mesmo que o exame não identifique nenhum nódulo, isso não impede que o paciente desenvolva câncer pulmonar, principalmente se continuar fumando. Por isso, é fundamental abandonar hábitos nocivos à saúde o quanto antes”.

De acordo com o radiologista, tumores de localização pulmonar central podem provocar tosse, ronco e falta de ar. Já os que estão instalados no ápice pulmonar podem desencadear dores nos ombros e braços. Há também tumores de pequenas dimensões e tipos silenciosos de câncer que não dão sinais. Esses ou estão localizados em uma região mais periférica do pulmão, ou têm dimensões tão pequenas que ainda não produzem sintomas. “As chances de cura são maiores quando o diagnóstico é realizado na fase inicial da doença. Por isso, é fundamental que o paciente recorra a um especialista assim que perceber sintomas como tosse persistente, falta de ar, presença de sangue no catarro, dor no peito e nos ombros – principalmente se esses sintomas estiverem associados à perda de peso. Na dúvida, fumantes pesados devem recorrer a exames anuais depois dos 50 anos, principalmente quando há história de câncer na família”.

Fontes:

http://www.auntminnie.com/index.aspx?sec=sup&sub=cto&pag=dis&ItemID=113663

Dr. Claudio Ramos, médico radiologista, diretor clínico da Cedimagem Centro de Diagnóstico – rede de Diagnósticos Médicos com forte atuação nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. www.cedimagem.com.br

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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