Jornalista tinha 59 anos e lutava há contra um câncer no rim. Mario Simas Filho era o diretor de núcleo da revista IstoÉ
O jornalista Mario Simas Filho encerrou a luta que travava há anos contra um câncer no rim. Diretor de núcleo da revista IstoÉ, ele morreu na última sexta-feira, 17, em São Paulo. O comunicador tinha 59 anos e estava internado no Hospital Paulistano, no bairro da Bela Vista.
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Mario Simas Filho deixou a mulher, três filhos e seis netos, conforme informou reportagem do Estadão. O corpo do jornalista foi sepultado na tarde da sexta no Cemitério Gethsêmani Morumbi, também na cidade de São Paulo. O velório ocorreu no mesmo local, na parte da manhã.
Filho do advogado Mario Simas, conforme pontua em nota o site da IstoÉ, Mario Simas Filho chegou a trabalhar na parte de direitos humanos. Na juventude, colaborou com Centro São Tobias de Direitos Humanos. No jornalismo, antes de galgar posições na redação da publicação da Editora Três, foi funcionário da hoje extinta Folha da Tarde e da Folha de S. Paulo.
Furo e premiação
Paulo César Farias não cometeu suicídio. Ele foi assassinado. E o primeiro a informar essa questão envolvendo o aliado de primeira hora de Fernando Collor de Mello foi Mario Simas Filho, em 1996 para a IstoÉ. Além de render capa na ocasião, a matéria evitou com que o caso fosse arquivado pelas autoridades responsáveis — relembrou anos depois o próprio jornalista.
Pautas sobre política também renderam premiações ao agora saudoso jornalista. Ao lado de colegas da IstoÉ, Mario Simas Filho conquistou o Prêmio Esso de 2001. Na ocasião, a equipe do impresso produziu a série de reportagem “Senadores Envolvidos na Fraude do Painel de Votação do Senado”. Em meio ao trabalho jornalístico, o então senador Antônio Carlos Magalhães, personagem central do especial, renunciou ao mandato.
Comoção
Pelas redes sociais, amigos e jornalistas lamentaram a morte de Mario Simas Filho. Filho do jornalista, Renato homenageou o pai que tanto amava. “Quem teve a oportunidade de conhecer meu pai sabe o quanto ele era apaixonado pela vida, sempre ajudando os outros e dando o melhor de si em tudo que fazia. Hoje eu perco uma das minhas bases, a minha referência em tudo nessa vida, mas seguirei colocando em prática aquilo que ele me ensinou e confiante de que agora está em paz, depois da luta dura que travou contra um câncer. Bob pai, simplesmente obrigado por tudo, será uma saudade sem fim! Te amo!”.