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E se… o Brasil fosse desmembrado em cinco países diferentes?

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Se formos felizes e tivermos o suporte necessário para nos desenvolver com dignidade, pouco importa se somos um ou vários países.

Calma!

Antes que você me achincalhe como sendo um xenofóbico maluco, já adianto que talvez tu tenhas razão no maluco – que para mim soará sempre como um elogio -, mas jamais no xenofóbico, até porque sou apaixonado por todas as regiões brasileiras e seus diferentes povos e culturas (embora, logicamente, eu não conheça todos).

Sendo assim, o raciocínio proposto abaixo não tem qualquer motivação preconceituosa ou algo como ‘separar simplesmente por separar, e ponto’ ou até mesmo ‘favorecer os grandes estados e prejudicar as regiões menores’, pelo contrário.

Trata-se de um pensamento simplório para desfrutarmos uma vida digna e justa com tudo o que temos direito e que hoje nos é roubado descaradamente pela classe política, que passou a enxergar o Brasil como a ‘galinha dos ovos de ouro’ perfeita para o próprio enriquecimento ilícito.

Estendo meu texto para o debate saudável com todos vocês, meus leitores – cuja tese resumidamente é a seguinte:

Nosso país hoje é dividido em cinco regiões diferentes (norte, nordeste, centro-oeste, sul e sudeste), e como parte dessa minha humilde “sugestão”, cada um desses pedaços de terra passaria então a ser um país independente, ou seja, com presidente, legislativo, executivo, judiciário, leis e distribuição de renda próprios, mantendo somente a moeda como sendo única – como já acontece, por exemplo, na Europa com o Euro – e também acordos relacionados à exportação, logística, etc.

A disposição de países ficaria da seguinte forma:

País 1 (Norte): Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Rondônia e Acre;

País 2 (Nordeste): Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Bahia;

País 3 (Centro-Oeste): Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Brasília;

País 4 (Sudeste): São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais;

País 5 (Sul): Paraná, Rio Grande do Sul, Porto Alegre e Santa Catarina.

Isto feito, cada pátria poderá criar plebiscito para escolher nome próprio e, consequentemente, regime político e sistema de governo que o represente de acordo com a necessidade de sua população local.

Além disso, determinar capital federal, nova divisão de estados e municípios, e, claro, quem seriam os respectivos presidentes, governadores, senadores, prefeitos, vereadores deputados e ministros, também estariam entre as atribuições de cada uma dessas repúblicas recém-formadas.

Expor o Brasil a um acontecimento tão, digamos, surreal, tem, obviamente, diversos pontos favoráveis e desfavoráveis, que se eu for mencionar aqui publicarei um livro e não somente um artigo. Como a intenção do presente texto é de apenas despertar a reflexão e dar um start à discussão, optei mesmo por abordagem mais simples para me referir a essa alternativa “radical” que aponto para o Brasil.

E o principal motivo que trago vislumbrando esse polêmico desmembramento de países é: corrupção.

Veja bem… 208 MILHÕES DE PESSOAS!

Segundo os dados mais recentes do IBGE, esse é o número de seres humanos que habita o Brasil neste instante, deixando nítida a sensação do quão fácil é ‘perder a mão’ na hora de governar essa joça, já que é sim um território grande demais para somente uma pessoa [presidente(a)] ganhar a incumbência de zapear o controle remoto, mesmo que esta seja de valores comprometidos de bem e disponha a melhor das intenções para com a nação.

Digamos que, presentear um homem ou mulher a chave de uma pátria com dimensões continentais, como é o Brasil, é confiar atribuição de relevância ímpar em situação que transcende aquilo que conhecemos por humanamente possível.

Não creio que o mapa do Brasil tenha se desenvolvido em silhueta equivocada desde que Cabral deu às caras por aqui há 517 anos, mas confio piamente na tese de que o crescimento historicamente desordenado está sim ultrapassado, mais prejudicando no que nos ajudando, principalmente devido a essa corrupção 360 graus que de tão “normal” passamos a levar na esportiva.

Talvez em outros lugares ainda funcione, mas, ao meu ver, aqui não.

Abro parênteses para uma narrativa fictícia:

Certa vez um homem chegou para Deus e o questionou:

“Senhor! Porque para a maioria dos países no mundo o senhor permite que aconteça catástrofes naturais, como terremotos, maremotos, tsunamis, furacões, tornados e vulcões, e no Brasil nada disso foi colocado?”.

E Deus lhe respondeu:

“É por que lá, no Brasil, eu já coloquei o povo!”.

Embora utópico, esse diálogo nos faz refletir sobre quem somos, o que estamos fazendo aqui, e quem tem nos representado lá na capital federal (Brasília/DF).

Entenda que o problema não está em nosso espaço geográfico ou no clima, pelo contrário. Habitamos um dos países mais belos e abençoados de todo globo terrestre, com cultura riquíssima em seus mais diversos âmbitos, e uma fauna, flora e lençol freático invejáveis.

O grande malefício está, infelizmente, em nós, seres humanos – representados pelos políticos, grandes responsáveis legais por (não) fazer a manutenção disso tudo.

O território brasileiro é tão mágico e financeiramente frutífero que o mais coerente mesmo era não precisarmos de qualquer outro país para nos manter ou auxiliar. Temos tudo para sermos uma pátria de primeiro mundo totalmente autossuficiente e que não depende de ninguém para qualquer coisa que seja.

Mas a realidade é outra, triste e cruel. E porque? Simplesmente por que a corrupção acabou com nosso país. Simplesmente por que “meia dúzia” de brasileiros (pasmem!) – que receberam votos de confiança de milhões – acabaram com seu próprio país. Simplesmente por que parte dos brasileiros ‘pensantes’ que tinham tudo para mudar o Brasil para melhor continuam acreditando nesses outros brasileiros bandidos.

Claro que ser governado por direita ou esquerda é algo extremamente natural e imutável, já que divisões desse tipo refletem a posição política das pessoas que aqui habitam. Ok.

No entanto, o monopólio de partidos que detêm esse país nas mãos vem corroendo nossa saúde física, emocional e financeira na unha.

Ou seja, tornou-se um circo que, aliás, já perdeu a graça faz tempo, e mais do que isso, pior: nós, cidadãos de bem, estamos bem diante de uma guerra de partidos que mais parece de torcidas organizadas de futebol, em que o nosso desenvolvimento não está – nem de longe – entre as prioridades da vitória.

Só o que vale para os partidos que se digladiam dia após dia é o tal poder, grande protagonista nessa lamentável batalha de egos que, repito, acabou com nosso Brasil.

As últimas décadas ficaram marcadas pelo experimento que fizemos em ser governados por meia dúzia de gatos pingados que trabalharam incansavelmente na contramão do progresso e da ordem. Resultado: nos tornamos reféns deles.

Indiscutivelmente, ser capitaneado por esses medalhões não tem sido nada saudável para qualquer pessoa de bem que pretenda um dia voltar a ter orgulho da pátria que o pariu.

Mas como tirar esses cânceres do comando é missão quase impossível, a divisão das regiões por países faz com que pelo menos a fiscalização em cima deles iniba consideravelmente o comportamento corrupto da maioria, e talvez nosso(s) país(es) entre(m) nos eixos daqui uns 30 anos.

Vivemos a ilusão de que os 26 estados + DF dependem economicamente um do outro para sobreviver graças a divisão do PIB (toda riqueza produzida pelo país no ano), e isso é uma grande falácia.

Claro que nesse atual sistema, a distribuição de renda é “misturada” e feita com arrecadações de todos cantos do território nacional.

Porém, com toda corrupção que arruína as terras tupiniquins dia após dia, o dinheiro chega em excesso em lugares que não precisa, e acaba faltando nos cantos mais necessitados, deixando explícito o porque toda situação social brasileira é tão desigual e injusta.

A grande realidade é que a dimensão deste Brasilzão de meu Deus não permite que tenhamos uma organização-barra-fiscalização adequada desse montante arrecadado, e, consequentemente, jamais saberemos se a distribuição acontece conforme apregoam no acerto de contas.

Recentemente li um artigo que afirmava: “um dos temas que mais intriga os economistas é como medir o resultado das atividades econômicas, ou seja, como avaliar corretamente a riqueza que é produzida”.

Então, habemus um indício de que, de fato, é impossível administrar tanta dinheirama sem que ela vá se perdendo pelo caminho entre as cuecas e maletas dos corruptos.

Com a divisão do Brasil em pelo menos cinco países independentes, toda arrecadação da região Norte, por exemplo, ficará somente na própria região Norte, sem a necessidade em dividi-la com os demais estados (e, claro, também não precisar receber qualquer valor deles).

Portanto, a referida região terá receita suficiente para que seu desenvolvimento seja justo e digno, tanto na saúde, como no transporte público, segurança, educação, cultura, etc., respingando notavelmente os benefícios a toda população local. E o exemplo, obviamente, vale para todas as demais regiões que se tornariam países – Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Sem qualquer pessimismo podemos cravar que, para o Brasil ter jeito daqui uns 30 anos, as reformas precisam começar “para ontem”. Como elas não começarão, então, a grande realidade é que não há qualquer perspectiva de futuro para as nossas gerações. É triste. É preocupante. É, enfim, desesperador.

A única coisa que não podemos permitir enquanto cidadãos, é que afundem o Brasil ainda mais. Precisamos nos unir com ideias e alternativas para, com isso, encontrar a melhor solução não para o país enquanto mapa e espaço físico, mas, sim, para as pessoas que aqui vivem e que fazem essa engrenagem funcionar todos os dias com muita luta e suor.

É natural termos muito mais perguntas do que respostas a respeito dessa pauta, já que trata-se de proposta extremamente delicada e que possui muitas nuances e complexidades.

Compreenda que é dificílimo entender tudo sobre algo que ainda não existe. Contudo, o Brasil, da forma como é hoje, também não existiu um dia e está aí, sobrevivendo, o que me faz enxergar essa transição como sendo labiríntica (porque toda mudança é complicada), porém, nada que não pudéssemos dar conta e fazer acontecer se houver empenho e vontade de voltar a sorrir.

Precisamos ter ideias e criar alternativas para salvar nosso país, mesmo que estas nos pareçam fantasiosas, já que, se lapidadas e levadas a sério, podem sim mudar consideravelmente a vida dos nossos netos e bisnetos para melhor – nos dando também a sensação de ter feito algo de verdade em prol dos nossos iguais durante nossa passagem pela terra. Isso sim é legado.

Não é salutar nos mantermos presos à questão emocional da coisa. O momento é de colocar a razão na frente de tudo e analisar o que pode realmente dar certo para que todos possamos voltar a ter orgulho da nossa pátria.

Pensar, tornar público nossos devaneios e projetos, e, enfim, abrir para o colaborativo, são atitudes mais proveitosas a um indivíduo que pensa no bem da sociedade, do que os que preferem a inércia da zona de conforto, correndo atrás do rabo como cãezinhos vira-latas, brigando pelos mesmos partidos e gritando somente em prol da própria verdade absoluta, sem permitir-se ouvir os demais interessados que certamente somariam no sucesso final do projeto.

O Brasil não precisa de um povo que aceita tudo calado e morre aos poucos de forma inerte e reacionária; o Brasil precisa de um povo que luta por ele com todas as forças, sem pensar nos limites geográficos.

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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