O deputado federal Wladimir Costa conseguiu fazer uma besteira infinitamente maior do que tatuar “Temer” em seu ombro. O integrante do Solidariedade, que não passa de um anão moral da política, assediou a jornalista Basilia Rodrigues, da CBN
Quem acompanha o Portal Comunique-se sabe, desde a manhã da última sexta-feira, que o nível de boçalidade do deputado federal paraense Wladimir Costa foi além de fazer uma tatuagem de henna em homenagem ao impopular presidente Michel Temer. Sem ter o mínimo de compostura, tal como alguém que ganha a vida prejudicando ouvidos alheios como “cantor” de tecnobrega, o parlamentar fez a proeza de mais uma vez surpreender negativamente. Ele assediou moral e sexualmente a repórter Basilia Rodrigues, da CBN no Distrito Federal.
Há coisas, contudo, piores do que saber do caso de assédio e ver o excêntrico político seguir com as ofensas contra a jornalista em suas redes sociais. Como anão moral que é, não dá para se esperar atitudes brilhantes do deputado que, pasmem, se coloca como radialista e apresentador de TV – espera-se, ao menos, que sua carreira na mídia esteja encerrada a partir desta semana. O mais triste é acompanhar que há quem declaradamente apóie o nada nobre político, a começar pela legenda que lhe dá espaço.
No país em se proliferam os chamados “partidos de aluguel”, o Solidariedade é o responsável por dar guarida ao deputado que assedia jornalista e ainda faz piada com tal situação. Como Wladimir Costa é notoriamente um personagem menor da nossa já pobre política, vale analisar a (falta de) postura da legenda em relação ao episódio que teve a funcionária da CBN como vítima. Os dias se passaram, mas o partido comandado pelo também deputado Paulo Pereira da Silva – o Paulinho da Força – não se pronunciou publicamente. Há momentos em que o silêncio diz muito. Sabe-se apenas que o parlamentar assediador segue como um dos vice-líderes do Solidariedade na Câmara.
Enquanto as páginas oficiais do Solidariedade ignoram a postura de seu insignificante deputado – assim como dois integrantes da legenda que compõem a chamada “bancada da bala” e passam o tempo falando em questões morais, o Delegado Francischini (PR) e o Major Olimpio (SP) -, os haters virtuais atacam. Numa completa inversão dos valores, grupos aparecem para ofender a repórter assediada e apoiar a postura adotada pelo deputado que, num país sério, estaria se dedicando apenas à função de “artista” do tecnobrega. Infelizmente, ele é deputado e, sim, conta como apoiadores nas redes sociais.
Enquanto as páginas oficiais do Solidariedade ignoram a postura de seu insignificante deputado, os haters virtuais atacam
Esse é o triste caso de um anão moral da política. Assedia uma jornalista que faz um trabalho sério (diferentemente dele no Congresso e no cenário musical), conta com o aparente irrestrito apoio de seu partido e, num combo assombrador, ganha fãs virtuais. Pobre Brasil, país onde Wladimir Costa é – oficialmente – uma liderança partidária. Ele, o Solidariedade e os haters do submundo da internet se merecem. E que a imprensa se una cada vez mais para combater esse tipo de figura, pois repórteres como Basilia Rodrigues não podem ser alvos constantes de anões morais.
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