Desde a noite de sexta, 31, o nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG) tem sido relacionado à denúncia da Veja. A edição atual da revista traz na capa conteúdo com suposto esquema de corrupção tendo o envolvimento do tucano e da irmã dele, a jornalista Andrea Neves. Na segunda, 2, o parlamentar usou o espaço que mantém em outro veículo de comunicação para criticar o conteúdo apresentado. Em coluna na Folha de S. Paulo, o político se diz inocente e chega a usar a palavra “crime”.
Aécio Neves garante que chegou a oferecer colaboração à redação da Veja. A intenção, segundo ele, era ajudar na investigação da suposta conta que ele e sua irmã teriam de forma ilegal em Nova York – objeto principal da reportagem de capa desta semana, que se baseou em depoimento do ex-presidente de infraestrutura da Odebrecht, Benedicto Junior. O ex-governador de Minas Gerais diz, porém, que a equipe da revista não soube dizer nem em qual banco ele teria a tal conta ilegal. Com isso, o senador do PSDB questiona a relevância da pauta. “É justo abrir procedimentos que se arrastam por anos, expor publicamente pessoas quando se sabe, desde o início, que uma acusação é falsa?”, questiona o tucano.
Ainda na Folha de S. Paulo…
O parlamentar reforça o que já tinha dito em suas redes sociais no fim de semana. Segundo o político, seu advogado entrou em contato com a defesa do ex-executivo da Odebrecht. E teria garantido que Benedicto Junior não fez nenhuma menção a ele ou a Andrea Neves. Levando em consideração que o representante do ex-funcionário da empreiteira esteja falando a verdade, o senador critica a revista da Abril em outro ponto de seu texto. “[Se] tal conteúdo não existir na delação indicada, o que houve na Veja não foi um vazamento”, escreve. “Foi uma tentativa de linchamento. Foi um crime que precisa ser investigado e punido”, prossegue o presidente nacional do PSDB, que escreve semanalmente para o jornal paulistano. Até o momento, A Veja não comentou as críticas feitas por Aécio Neves.
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