Julho de 2018. O mês marcou mudança profunda na rotina profissional de Andrei Kampff. Reconhecido por seu trabalho como repórter esportivo, ele encerrou o vínculo com a Rede Globo, onde permaneceu por 25 anos — contabilizando passagem por uma afiliada e duas praças próprias. A rescisão de contrato com a emissora poderia deixá-lo desanimado, mas serviu para a compreensão dos novos rumos que se desenham para quem deseja lidar com a comunicação social. Tendo em mente que o futuro da imprensa será baseado em redações enxutas e especializadas em determinados segmentos, resolveu empreender e colocar no ar o seu próprio site. Em outra vertente, passou a advogar, entrando para o time de sócios de um escritório paulistano.
Para o projeto online, Andrei Kampff resolveu unir suas duas formações. Graduado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (RS), também é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Seu currículo ainda conta com pós-graduação em Direito Esportivo. Com toda essa bagagem acadêmica, o Lei em Campo surgiu em novembro do ano passado.Organizado em seções e contando com seleção de colunistas, o novo veículo de comunicação objetiva atender aos anseios de seu criador. “Ter um site sempre atualizado, com conteúdo exclusivo e análises de especialistas”, comenta Andrei Kampff em contato com a reportagem do Portal Comunique-se. Pautas que vão além de textos, já que a marca conta com presença nas redes sociais, a se destacar o canal no YouTube.
O desafio de apresentar ao público reportagens e artigos exclusivos passa pela parceria com outros profissionais. O Lei em Campo conta com colunas de, entre outros, Wladimyr Camargos (relator da lei geral do esporte), Luiz Marcondes (coordenador do Instituto Iberoamericano de Direito Esportivo), Danielle Maiolini (procuradora do Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e Luiz G. G. Costa (advogado atuante na Europa). “Criamos um time forte e que nos permite ter um fluxo de pautas, com pelo menos dois materiais próprios a cada dia”, explica Andrei Kampff. “É uma forma de manter ativa essa veia que amo, que é a informação”, endossa o comunicador. Projeto que conta com os trabalhos do jornalista Thiago Braga. Ele é o produtor de conteúdo do Lei em Campo.
A linha editorial já tem rendido frutos ao Lei em Campo, avisa Andrei Kampff. O jornalista conta que o site, mesmo que com pouco tempo de vida, já aparece como referência para outros veículos de comunicação. “Ele já está sendo conhecido por todo mundo da área do Direito Esportivo. Está tendo uma repercussão muito boa. Alguns outros portais se interessaram em replicar conteúdo da gente”, conta o entusiasmado comunicador e advogado. Tendo em mente que é o principal nome (e rosto) do projeto, ele sinaliza que pode levar a marca a outras mídias. E parcerias com players da imprensa tradicional não estão descartadas, adianta. “A ESPN nos chamou para um programa específico”. A pauta – pontual – era voltada à discussão do regulamento da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
Andrei Kampff, contudo, não quer o Lei em Campo reconhecido apenas por quem já tem certa ligação com o Direito Esportivo e por outros veículos de comunicação. À frente do portal segmentado, ele busca “traduzir” determinados assuntos do meio para o público em geral. Deseja, em outras palavras, ter credibilidade com o maior número possível de internautas. Tarefa que admite: não é tão fácil. “É fundamental dizer que não é um site para advogado. É para todo mundo que se interessa por essa dobradinha: Direito e esporte. Ele é para jornalista, para atleta e para o público em geral que quer saber o que acontece juridicamente [em temas do meio esportivo]”, afirma. Para isso, a forma da escrita é primordial. Nessa, o “juridiquês” é vetado. “Nosso desafio é ser simples sem ser simplista. Tenho que me fazer entender sem perder a profundidade”, garante o criador do projeto.
O jornalista e advogado não deixou de lado estratégias para rentabilizar o projeto. Pelo contrário, tudo tem saído conforme o planejado. Plano de negócios que vê nos materiais de relevância o primeiro passo para transformar o Lei em Campo em algo financeiramente saudável. “Quero que as pessoas encontrem o nosso site e encontrem aquilo que estejam procurando na área que nos propomos a cobrir. Isso requer uma vigilância permanente”, reforça Andrei Kampff, demonstrando ser adepto do conceito de o “conteúdo é rei”. O próximo passo será captar recursos. Afinal, ele admite que, ao menos por ora, o Lei em Campo é mantido com injeção de dinheiro próprio. O que pode mudar em breve. “Já estou tendo reuniões de negócios”, adianta o comunicador que se propõe a empreender no Brasil.
Parte do plano de negócios do site sobre Direito Esportivo está diretamente atrelada ao conteúdo. Andrei destaca que a estratégia para monetizar o projeto passa por conseguir anunciantes e patrocinadores. Sabe, contudo, que essas parcerias acontecem quando o volume da audiência é significativo para o mercado publicitário. “Daí que vem o foco, antes de tudo, em conquistar a credibilidade”, pontua. Elaborar uma newsletter, com materiais exclusivos e enviados em primeira mão para os assinantes, também faz partes das ideias pensadas pelo profissional. Assim como organizar cursos e eventos sobre o tema. Adaptar os conteúdos publicados originalmente no portal para outra mídia é outro ponto presente na lista de discussões em prol da rentabilidade. “Por que não transformar algumas de nossas colunas em livros?”, questiona — com a certeza de quem colocará a ideia em prática.
“Sempre tive o desejo de conciliar as duas atividades”, admite Andrei Kampff sobre trabalhar com o jornalismo e a área jurídica. Desejo que não foi possível nas últimas duas décadas. Primeiramente, pela frenética rotina de repórter esportivo, com viagens mundo afora. Segundo, por causa da exclusividade então exigida pela Rede Globo. Agora, além de criar e coordenar o Lei em Campo, ele finalmente faz valer a sua carteira na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). No setor da advocacia, o Dr. Andrei Schmidt Kampff de Melo é um dos sócios da Gelson Ferrareze Sociedade de Advogados. A entrada para a equipe do escritório com sede no bairro paulistano da Barra Funda ocorreu em agosto, mês seguinte à saída do núcleo de esportes da emissora de televisão.
A tarefa de Andrei Kampff como advogado tem tudo a ver com sua própria formação acadêmica e seus objetivos profissionais. Ele se tornou sócio para liderar o braço de Direito Esportivo do escritório que atende outras áreas de atuação, como trabalhista, contratos e compliance. E o que é melhor: a empresa compreende a ideia de se investir cada vez mais em comunicação. Resultado: com o Lei em Campo e como advogado especializado em Direito Esportivo na Gelson Ferrareze, o jornalista e bacharel em Direito conseguiu, finalmente, entrelaçar as suas duas atividades — e, conforme demonstrou no contato com a reportagem do Portal Comunique-se, com entusiasmo e muito trabalho para que ambas deem certo. Missão que só pode ser cumprida com êxito por quem esteja a fim de advogar e empreender.
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