A França lembrou no sábado, 7, os dois anos do ataque contra o jornal Charlie Hebdo, que deixou 11 mortos, quando os irmãos Chérif e Saïd Kouachi mataram quatro chargistas, uma psiquiatra, um economista, um corretor, um jornalista, dois policiais e um agente de polícia.
As homenagens em Paris ocorreram na quinta, 5, na presença de sobreviventes do ataque e familiares do mortos. O ataque foi seguido de outras duas ações. No dia 8 de janeiro de 2015, uma policial foi assassinada pelo jihadista Amedy Coulibaly e, no dia seguinte, ele matou quatro pessoas em um supermercado judaico, no leste de Paris.
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Antiga sede do jornal Charlie Hebdo, nessa pequena rua discreta, no centro de Paris, a curiosidade pelo local do massacre diminuiu. As coroas de flores do governo e da nova redação lembram os dois anos do atentado.
Moradores e os novos ocupantes do prédio evitam falar. No supermercado da comunidade judacia de Vincennes, cidade vizinha de Paris, mensagens de solidariedade lembram as quatro pessoas mortas durante o ataque de outro jihadista, Amedy Coulibaly, no dia 9 de janeiro. Muitos clientes não deixaram de frequentar o local, que também foi alvo de terrorismo.
Fiel ao seu estilo irônico, o jornal Charlie Hebdo que chegou às bancas nessa semana lembrou do ataque de dois anos atrás. Na charge, um terrorista aponta uma arma para alguém que o satiriza: “2017, enfim, uma luz no fim do túnel”.