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Fundação Gabo abre bolsas para jornalistas brasileiros

Fundação Gabo abre bolsas para jornalistas brasileiros
Serão aceitos projetos de diferentes formatos e narrativas. (Imagem: iStock).

A instituição selecionará reportagens investigativas e “novas narrativas” sobre drogas, que receberão até R$ 33,8 mil

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Estão abertas as inscrições para a terceira edição do Fundo para Investigações e Novas Narrativas sobre Drogas (FINND), da Fundação Gabo. O programa concederá até 18 bolsas, que podem chegar ao valor de US$6 mil (aproximadamente R$33,8 mil), para jornalistas do Brasil, da Bolívia, da Colômbia, do Equador, do México, do Paraguai e do Peru. Os selecionados também participarão de um curso e receberão mentorias.

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Os trabalhos concorrentes às bolsas devem abordar os desafios, consequências e oportunidades relacionadas às políticas de drogas na América Latina. Para isso, são consideradas reportagens baseadas em sete linhas temáticas: saúde pública, meio ambiente, marcos regulatórios e normativos, direitos humanos, gênero, questões étnico-culturais e dimensão rural. Serão priorizadas matérias que ponderem o impacto da pandemia da Covid-19.

“Assim como nas versões anteriores, a terceira edição do FINND busca estimular propostas que analisem a intersecção entre fenômenos relacionados às drogas declaradas ilícitas e temáticas de direitos humanos, meio ambiente, saúde pública, violência, juventude e gênero e políticas públicas”, declara a Gabo.

Novos formatos e narrativas

Para alcançar o objetivo de fomentar as novas narrativas, a Fundação Gabo destaca que não irá apoiar projetos que utilizem narrativas tradicionais para abordar a questão das drogas. Alguns exemplos que não receberão as bolsas são trabalhos que reproduzam estereótipos, perfis de traficantes e historiografia criminal.

“Vale esclarecer que o FINND não apoia propostas jornalísticas baseadas em narrativas tradicionais sobre drogas, ou seja, coberturas focadas, por exemplo, em historiografia criminal, perfis de traficantes de drogas, pistas de aterrissagem do narcotráfico, reportagem judicial e, no geral, trabalhos que reproduzam estereótipos e lugares comuns sobre o tema”, escreve a instituição na página do programa.

Para o Fundo, o incentivo à inovação vai para além dos temas. As inscrições podem ser feitas com matérias produzidas em formatos tradicionais, como texto, vídeo, áudio, fotografia e multimídia, ou em novos formatos jornalísticos, como a sátira, o scrollytelling ou o romance gráfico.

Como participar

Os interessados em participar do processo seletivo de bolsas devem inscrever-se por meio de formulário online disponível no site da Fundação Gabo. Poderão participar jornalistas freelancers ou vinculados a veículos de comunicação, que têm a possibilidade de submeter projetos individuais ou em conjunto com outros profissionais, devendo nomear um responsável.

No ato da inscrição, devem ser enviados uma proposta de trabalho jornalístico, uma autobiografia profissional (de, no máximo, 800 palavras), duas produções de jornalismo investigativo publicadas no último ano e, no caso de jornalistas vinculados a uma empresa de comunicação, uma carta assinada pelo editor que expresse o compromisso de publicação do projeto.

Mais detalhes sobre a terceira edição do Fundo para Investigações e Novas Narrativas sobre Drogas estão disponíveis no site da Fundação Gabo.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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