O mundo amanheceu neste domingo, 13, com a notícia de que um profissional da imprensa entrou para as estatísticas de mortos da guerra na Ucrânia. Diferentemente do que reportou a polícia de Kiev, que atribuiu a morte de Brent Renaud a militares russos, o jornalista brasileiro Yan Boechat afirma que, por ora, não dá para garantir quem foi responsável pelo assassinato do comunicador norte-americano de 51 anos.
“Difícil saber nesse momento quem de fato matou o jornalista americano que estava com um crachá do NY Times”, afirmou Yan Boechat em “fio” publicado em seu perfil no Twitter. O jornalista brasileiro está em solo ucraniano desde antes de tropas da Rússia invadirem a Ucrânia, no fim do mês passado. Diretamente do país europeu, ele tem colaborado para veículos do Grupo Bandeirantes de Comunicação, portal UOL e jornal O Globo.
“Eu não duvidaria de que ele foi morto por ucranianos assustados”, publicou o jornalista brasileiro. Pela rede social, o repórter informou qual teria sido a ação de militares da Rússia no momento em que o colega norte-americano tornou-se alvo da guerra. “Na hora que ele foi morto, os russos estavam em ofensiva, atacando pelos flancos. Pelo relato do colega, eles seguiam pela avenida central.”
Pode ter sido mesmo um fogo cruzado. Pode ter sido um pequeno pelotão russo num check point fake
Ciente de que a polícia de Kiev atribui aos russos a morte do jornalista e divulgando de que ucranianos podem ter sido os responsáveis pelo assassinato, Yan Boechat levanta outras possibilidades. “Ainda é preciso muita informação e investigação para saber o que aconteceu de verdade. Pode ter sido mesmo um fogo cruzado. Pode ter sido um pequeno pelotão russo num check point fake. Mas tudo está um pouco confuso ainda”, observou.
Brent Renaud, de 51 anos, morreu na manhã deste domingo, 13, em Irpin, cidade próxima a Kiev. Localidade em que Yan Boechat passou mais de uma vez hoje. “Passei duas vezes pelo mesmo local”, relatou o jornalista brasileiro que, no decorrer das últimas semanas, já passou por Novoluganske (leste da Ucrânia), Kiev, Lviv (próximo à fronteira com a Polônia, no oeste do país) e retornou à capital ucraniana nos últimos dias.
Na cobertura da guerra, ele demonstrou, também pelo Twitter, qual a ação a ser adotada quando, conforme como ocorreu hoje mais cedo, escuta o “assobio da bomba”.
Por fim, Yan Boechat explicou que Brent Renaud foi atingido dentro de um carro sem identificação de que pertencia a algum órgão de imprensa — isso porque, conforme detalhou, não é possível realizar tal identificação em Irpin. “Todos nós [jornalistas] pegamos carona com alguém”, avisou, antes de revelar que viu pelo menos cinco corpos estirados pelas ruas da cidade próxima à capital ucraniana.
Leia também: Ah, é guerra? — por Marli Gonçalves
E mais: Os bufões da guerra — por Marli Gonçalves
E ainda: Entidade pede que Rússia e Ucrânia protejam jornalistas
LIPHOOK, Reino Unido, Dec. 22, 2024 (GLOBE NEWSWIRE) -- A Lumi Global, líder global em…
O Brasil lidera em inovação na América Latina. Apesar de desafios, investimentos públicos e políticas…
Psicóloga ressalta a urgência de políticas públicas para apoiar as vítimas de abuso emocional
O hotel, localizado no Sul de Minas Gerais, contará com atrações dedicadas a adultos e…
Uma das maiores programações gratuitas de Natal já está acontecendo na cidade e a expectativa…
O animal desorientado entra em desarmonia com o ambiente