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Inteligência Artificial pode ser usada como aliada à segurança das cidades

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Neste mês foi divulgado o ranking Connected Smart Cities 2023, que mapeia as cidades com maior potencial de desenvolvimento no Brasil. Uberlândia, no interior de Minas Gerais, subiu duas posições em relação à colocação do ano passado. A cidade é a 30ª do país no estudo realizado pela Urban Systems com outros 655 municípios com população acima de 50 mil habitantes. Se consideradas apenas as cidades com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes, a cidade aparece como a 10ª mais conectada do Brasil. O ranking completo pode ser acessado por aqui, mediante preenchimento de formulário.

A pesquisa avaliou 74 indicadores em 11 eixos temáticos: Mobilidade, Urbanismo, Meio Ambiente, Tecnologia e Inovação, Economia, Educação, Saúde, Segurança, Empreendedorismo, Governança e Energia. A pontuação final foi definida pela soma de três escalas de pesos para os indicadores dicotômicos (sim ou não) – peso 0,5; que abrangem uma escala de nota ou avaliação – peso 0,8; e numéricos, de escala, crescimento ou percentual – peso 1, distribuindo um total de 69 pontos. Uberlândia alcançou 32,130.

José Inácio Pereira, diretor superintendente do bairro planejado Granja Marileusa em Uberlândia, acredita que a evolução na cidade neste ranking é uma conquista que pode chegar ainda mais longe. “Ao desmembrar o estudo percebemos que estamos entre os 30 melhores em Urbanismo (26º), Mobilidade (26ª) e Tecnologia e Informação (23º), mas a cidade ainda não está no top 100 no eixo de segurança, por exemplo”.

O executivo afirma que as incorporadoras podem ser grandes parceiras do município com iniciativas como a que o Granja Marileusa implantou há mais de dois anos, a Segurança 4.0, que usa a Inteligência Artificial como aliada da comunidade e suas adjacências.

Por meio da Associação de Moradores e Empresas (AME), o Granja Marileusa investiu em uma grande estrutura para ser a primeira comunidade de Uberlândia a fornecer dados de modo estruturado e autônoma via Inteligência Artificial (IA) para monitoramento pelo Centro de Operações da Polícia Militar – futuro Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da 9ª Região Integrada de Segurança Pública. As câmeras de vigilância são de alta resolução, calibradas especialmente para cada hora do dia ou da noite, por exemplo.

Felipe Fernandes Pereira CEO da Ivare, empresa uberlandense parceira na implantação do sistema, explica que quando os algoritmos trabalham as ações são mais assertivas. Essa é a diferença entre ter uma câmera na porta de casa e tê-la integrada em tempo real com a Polícia Militar. Dessa forma, o bairro fornece dados organizados para a PM, cada nova informação é um algoritmo, o que transforma um dado em informação.

“Essas informações tratadas direcionarão a ação seguinte de forma assertiva. É a rede neural, ou seja, cada câmera é um neurônio que disponibilizado para o geoprocessamento aumenta a ação do cérebro digital inteligente, que será também acompanhado pelo olho humano”, disse Felipe Pereira.

José Inácio afirma que um bairro seguro permite que as pessoas vivam mais intensamente o dia a dia com liberdade para ir e vir e principalmente aproveitar os espaços comuns da região. “Para que uma tecnologia seja realmente impactante precisa interferir diretamente no bem-estar das pessoas e esse é nosso principal foco”.

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