Morreu na manhã desta sexta-feira, 25, o jornalista, advogado e empresário José Hawilla, aos 74 anos. O comunicador, mais conhecido por J. Hawilla e que retornou ao Brasil no início do ano, estava internado desde segunda-feira, 21, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. A internação se deu em decorrência de problemas respiratórios. As informações são do G1, portal de notícias da Globo.
O site de notícias informa que o corpo de J. Hawilla foi velado no cemitério Gethsêmani, em São Paulo. O enterro foi realizado às 17h, no mesmo local. O jornalista deixa esposa, três filhos e seis netos. A notícia foi divulgada pela divisão em São José do Rio Preto (SP) do G1.
J. Hawilla começou a carreira no mundo da comunicação como repórter em uma rádio São José do Rio Preto, cidade no interior de São Paulo, onde nasceu. O profissional chegou a trabalhar na Rádio Bandeirantes e na TV Globo e só depois passou a se dedicar exclusivamente à cobertura esportiva.
Com a experiência no mundo esportivo, Hawilla decidiu, nos anos 1980, que iria iniciar sua história como empresário. Foi aí que ele comprou a até então desconhecida Traffic e a transformou em uma das maiores agências de marketing esportivo do país, oferecendo espaço de propaganda dentro dos gramados e sendo detentora de direitos de exibição dos campeonatos.
Anos mais tarde, o jornalista resolveu apostar em meio de comunicação e comprou as afiliadas da Rede Globo em Sorocaba, Rio Preto e Bauru, dando vida à TV Tem. Além da emissora, que também conta com praça em Itapetininga, ele foi proprietário da rede de jornais Bom Dia e do Diário de São Paulo.
J. Hawilla foi preso pelo FBI em 2013 quando a polícia federal norte-americana o acusou de obstrução de justiça. A situação fez com que o jornalista assinasse acordo de colaboração, medida importante para o desenvolvimento do Caso Fifa, considerada a maior corrupção no futebol mundial envolvendo mais de 40 réus, entre eles os três últimos presidentes da CBF – Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero – e os três últimos presidentes da Conmebol, Nicolas Leoz, Eugenio Figueredo e Juan Angel Napout.
No acordo, Hawilla colaborou com informações e aceitou grampear seus interlocutores. O próprio jornalista contou que a sua agência, a Traffic, subornava dirigentes de futebol para conseguir preço baixo nos direitos comerciais de competições da CBF e da Conmebol. Depois, os direitos eram revendidos por valores mais altos às emissoras de TV e aos patrocinadores. “Eu me arrependo. Eu não deveria ter aceitado [os pedidos dos dirigentes por dinheiro]. É algo que eu lamento ter feito”, declarou o empresário em um dos depoimentos.
Além de colaborar com informações, Hawilla concordou que pagaria multa de US$ 151 milhões. Até o dia de sua morte, o jornalista já havia devolvido US$ 25 milhões. O G1 informa que a sentença de J. Hawilla estava marcada para 2 de outubro no Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York, e que, pelo acordo, ele poderia ficar no Brasil até dias antes da sentença, que seria lida pela juíza do caso, Pamela Chen.
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