25/1/2021 –
Fatores emocionais, que normalmente acompanham os pacientes que enfrentam um diagnóstico de infertilidade e necessitam do auxílio da medicina reprodutiva, são cada vez mais importantes para que o resultado do tratamento seja positivo. No mês de conscientização sobre a saúde mental é preciso debater o tema e identificar as causas do estresse cotidiano e da ansiedade e seu impacto na fertilidade. Uma série de estudos busca entender de que maneira pode-se reduzir sua influência nas mulheres que pretendem engravidar. Pesquisas indicam que não apenas a tensão vivenciada neste momento de pandemia, mas também experiências passadas afetam a capacidade de ter filhos.
No último congresso realizado pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, foi apresentado um trabalho que demonstrou que o estresse ainda na infância continua refletindo na vida adulta e pode impactar a fertilidade da mulher. A pesquisa foi realizada com mulheres em idade reprodutiva que iriam fazer fertilização in vitro (FIV) e responderam a um questionário sobre adversidades na infância. Os pesquisadores queriam saber se o estresse em idade tão precoce afeta a fertilidade futuramente. O resultado apontou que 29% das mulheres inférteis analisadas que foram submetidas a situações de estresse perderam o bebê após implantação do embrião por meio da FIV.
De acordo com o especialista em Reprodução Assistida, Dr. Alfonso Massaguer, da Clínica Mãe, localizada em São Paulo, “a explicação” para esse desfecho é que, ao ser submetido ao estresse, nosso organismo responde produzindo hormônios que aumentam as reações inflamatórias. Esses hormônios, liberados por áreas do cérebro e pelas glândulas adrenais, que ficam acima dos rins, interferem na implantação do embrião, aumentando o risco de falhas e de perda da gestação”, explica o médico. “Diante da importância dos fatores emocionais nesse processo, quanto mais eles forem adequadamente controlados, melhor
tende a ser o prognóstico da gestação”, ressalta.
Além disso, o próprio tratamento da infertilidade, por si só, representa fonte de ansiedade e medo para os casais. “As mulheres que experimentaram um estresse maior anteriormente, possivelmente, terão mais sintomas de ansiedade e depressão nesse momento. Daí a importância de que, nesse contexto, além dos recursos e técnicas da reprodução assistida, se ofereça apoio emocional para o casal. Esse equilíbrio aumenta as chances de êxito do tratamento e da gestação”, aponta Massaguer.
“O apoio de um psicólogo cria um espaço de escuta e de acolhimento em torno das dificuldades emocionais e das elevadas expectativas dos casais que buscam tratamentos de reprodução assistida. Não podemos afirmar que uma mulher seja infértil ou que o embrião não implantou devido ao stress ou motivo psicológico, mas podemos afirmar que aqueles casais que estão com a saúde emocional em ordem, e estão alinhados e unidos entre si e com a equipe médica, certamente têm maiores chances de conseguirem o seu bebê. Muitas vezes, os tratamentos são como uma maratona, repleta de obstáculos e adversidades, sendo que aqueles que conseguem controlar o emocional geralmente conseguem atingir a reta final”, finaliza o especialista.
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