A situação do jornal A Tarde, da Bahia, não é boa. Nesta semana, a redação resolveu parar as atividades em repúdio aos frequentes atrasos de pagamento e benefícios. No acumulado, os comunicadores estão sem receber o valor de janeiro, o 13° de 2016 e 2017, 32 meses de FGTS e quatro meses de tíquete refeição. Além disso, o salário de fevereiro vence na quarta-feira, 7.
A reportagem do Portal Comunique-se apurou que os jornalistas resolveram paralisar as atividades na terça-feira, 27, até que a diretoria respondesse sobre os atrasos. Acontece que na quarta-feira, 28, além de não conversar com a redação, a direção do impresso usou de fundamentação legal para aplicar medida disciplinar no time. No documento entregue aos profissionais, a direção do A Tarde suspendeu os jornalistas por três dias pela greve sem “comunicação prévia”. O veículo afirma que a medida administrativa “visa somente a manutenção da disciplina, da boa ordem e da eficiência no trabalho”, sendo que fica ciente de que em caso de reincidência o profissional poderá ser novamente suspenso ou ter o contrato de trabalho encerrado.
Em contato com a reportagem do Portal Comunique-se, a diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Estado da Bahia (Sinjorba), Marjorie da Silva Moura, explicou que alguns profissionais chegaram a receber o comunicado de suspensão pelo WhatsApp. “A decisão da categoria foi paralisar até que o jornal pagasse os valores atrasados, o que foi prometido para ontem, mas não aconteceu até o momento. Não tem diálogo com a direção do A Tarde”, comenta. Marjorie conta que está na sede do impresso na manhã desta quinta-feira, 1º de março, junto com os jornalistas e o advogado da entidade para tentar resolver a situação.
“Diante do atual quadro, o Sinjorba vai comunicar a situação vexatória dos jornalistas de A Tarde e do Massa ao Juízo de Conciliação de Segunda Instância, que administra o setor de acordo global do qual A Tarde é signatário para pagamento de processos trabalhistas no do Tribunal Regional do Trabalho, para que sejam adotadas às medidas cabíveis”, diz a entidade.
O atraso em pagamentos e benefícios no A Tarde não é o único problema da empresa de comunicação, que realiza grandes cortes desde 2016. Com isso, muitos dos profissionais desligados ainda não receberam os valores de rescisão. A diretora do sindicato explica que existe processo na justiça, chamado de acordo global, para resolver a questão. “O que acontece é que são muitos demitidos. Existe uma planilha de pagamento, sendo que as ações mais novas entram na fila. Então, tem jornalista demitido em março de 2017 que ainda não recebeu nada, por exemplo”, lamenta.
A reportagem do Portal Comunique-se tentou contato com a direção da empresa de comunicação, mas não teve retorno até o momento.
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