A jornalista Renata Fernandes Paiva denunciou ter sido vítima de violência contra a mulher na TV Câmara de Natal, no Rio Grande do Norte, no dia 19 de agosto. Ela teria sido agredida pelo ex-chefe e diretor da emissora. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte.
Segundo matéria publicada pelo jornal O Globo, Renata foi à TV Câmara para pedir um material de pesquisa para um documentário quando foi agarrada nos dois braços e forçada a sair do local, sendo empurrada. A jornalista foi parte da equipe do canal por três anos e, atualmente, trabalha em outro gabinete.
Em entrevista dada à redação do periódico carioca, para além dos hematomas físicos, ela revelou ter ficado emocionalmente abalada, motivo pelo qual recebeu licença médica para afastamento de oito dias do trabalho. “Eu só queria meu material de volta. Cheguei para ele e falei: “é com você que eu quero falar”. Ele já partiu para cima de mim com toda a agressão, pegou os meus dois braços, me deixou com vários hematomas”, disse.
Por ser comissionada no órgão legislativo, Renata Fernandes Paiva afirmou ter ficado com medo de denunciar o caso do qual foi vítima. Com medo de ser demitida, ela apenas decidiu registrar a agressão após aconselhamento de advogado.
Após o registro do boletim de ocorrência, o diretor da TV Câmara de Natal, Francisco Rodrigues Neto, foi afastado do cargo. Em nota de esclarecimento enviada à imprensa local, ele nega todas as acusações e afirma ter sido vítima de calúnia.
Eu, jornalista Rodrigues Neto, venho a público refutar veementemente as acusações feitas contra mim por uma servidora comissionada de gabinete parlamentar da Câmara Municipal de Natal. Informo que estou tomando todas as providências cabíveis, tanto no âmbito administrativo, como na seara criminal e cível, para atestar minha inocência no caso. Estou sendo vítima de uma denunciação caluniosa.
Tenho 30 anos de profissão, com passagem por diversos veículos de comunicação e órgãos públicos do Rio Grande do Norte e nunca imaginei ver minha imagem e credibilidade serem atacadas desta forma tão leviana. Estou sendo injustiçado por uma pessoa que usa de má fé e se apropria de uma campanha e luta feminista para me atacar e me prejudicar.
Esclareço os fatos.
Diante de alguns colaboradores da TV Câmara Natal, na última quinta-feira, dia 19, fui surpreendido pela servidora que já entrou no meu ambiente de trabalho aos gritos, proferindo agressões verbais e me ameaçando, ao afirmar que integra família de elite natalense influente a ponto de me prejudicar, pelo fato de não tê-la incluído na produção de uma reportagem especial sobre o centenário do ex-governador Aluízio Alves.
Diante da situação, todos os funcionários da TV ficaram assustados com o comportamento agressivo e descontrolado dela, o qual, inclusive, afetou a transmissão de um programa que era veiculado, ao vivo, no momento. Foi necessário solicitar o apoio da Guarda Legislativa para retirá-la da TV Câmara. Não houve qualquer agressão da minha parte. Na verdade, eu quem fui atacado desde o primeiro momento.
Ainda na quinta-feira, após o fato, prestei Boletim de Ocorrência. Na sexta-feira, 20, me submeti a exame de corpo delito no ITEP, o qual atesta que não tenho qualquer evidência de quem se envolveu ou cometeu agressões físicas contra terceiros. Além disso, tenho o testemunho de 12 funcionários da emissora que presenciaram o fato.
Estou tranquilo e confiante nos esclarecimentos por parte das instituições e autoridades. Tenho provas e testemunhas das inverdades a mim imputadas. Ao final de tudo, a verdade prevalecerá.
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