O jornalista João Renato Jácome foi demitido de seu cargo na prefeitura de Rio Branco na sexta-feira (26), após questionar o Presidente Jair Bolsonaro sobre a decisão do STJ de anular a quebra de sigilos do senador Flávio Bolsonaro no inquérito das rachadinhas. A pergunta foi feita durante uma coletiva de imprensa na qual ele participava como jornalista freelancer do jornal Estado de S. Paulo. A Fenaj e o Sindicato dos Jornalistas do Ceará repudiaram a exoneração dele.
Jácome era assessor de comunicação da Secretaria de Meio Ambiente da capital do Acre e afirmou que estaria de folga quando prestou serviço ao Estadão. De acordo com ele, a participação na coletiva havia sido autorizada pelo secretário e a pergunta feita não tinha o intuito de constranger o Presidente.
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“Eu fui para lá autorizado pelo secretário, porque diante do decreto do município que determina o rodízio dos servidores, eu havia trabalhado por mais de 10 dias sem pausa, em razão da enchente. Trabalhei na segunda [22], na terça [23, o secretário tinha muitas demandas e pediu que eu fosse e poderia folgar na quarta [24]”, relatou ao G1.
A prefeitura, no entanto, declarou que ele teria dedicação exclusiva ao órgão público e, no momento da nomeação, ele não havia informado que prestava serviços para outra empresa. Ao Congresso em Foco, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, afirmou que a demissão foi motivada pela prestação de serviço ao jornal e não pela pergunta feita a Bolsonaro. “Eu o demiti porque ele estava em horário de serviço, trabalhando para o jornal ‘Estadão’. Como comissionado ele não poderia fazer isso. Ele diz que estava de folga, folga de quê? Não tem folga, não”, disse ao site de notícias.
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