Para tornar-se cada vez mais diversa em sua representatividade, a sigla que representa a comunidade LGBTQIA+ passa por frequentes modificações. A união dessas letras representa a luta de um grupo e sua identificação. Pensando nisso, Natalia Pasetti, cientista política e fundadora da ONG Casinha, que oferece apoio à população LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social, detalhou o significado do termo em artigo para o Comunique-se.
A sigla completa e atual é LGBTQQICAAPF2K+, porém, a sigla oficial da Aliança Nacional brasileira é LGBTI+. Importante pontuar:
L – Lésbica: Pessoa que se identifica no gênero feminino e se relaciona afetiva e/ou sexualmente com outras pessoas do gênero feminino;
G – Gay: Pessoa que se identifica no gênero masculino e se relaciona afetiva e/ou sexualmente com outras pessoas do gênero masculino;
B – Bissexual: Pessoa que se relaciona afetiva e/ou sexualmente com pessoas do gênero feminino, masculino ou demais gêneros.
T – Transgêneros, Travestis e Transexuais: Transgênero/Transexual é a pessoa que se identifica com o gênero diferente daquele imposto em seu nascimento, com base nos órgãos sexuais.
Travesti é uma identidade feminina e latino-americana. Durante muitos anos, o termo foi usado de forma pejorativa, mas hoje é ressignificado como afirmação política e de orgulho dessa identidade.
Q – Queer: O termo advém dos EUA, em que era utilizado para designar, de forma pejorativa, aquelas pessoas que de alguma forma não se adequavam plenamente às normas de gênero. O termo foi reapropriado pelos movimentos sociais e passou a ser utilizado para designar essa não conformidade. Por exemplo, no caso de pessoas que não se identificam com o feminino ou masculino, ou que transitam entre os “gêneros”.
Elas também podem não concordar com os rótulos socialmente impostos. O termo pode englobar sexualidades e identidades de gênero que não são heterossexuais (pessoa que se relaciona com outra do gênero oposto) ou cisgênero (pessoa que se identifica com o gênero biológico).
I – Intersexo: Esse termo é usado para designar uma variedade de condições em que uma pessoa nasce com uma anatomia reprodutiva ou sexual que não se encaixa na definição típica de sexo feminino ou masculino (sejam características sexuais primárias e/ou secundárias ambíguas ou fora do padrão, por exemplo).
A – Assexuais, Agêneros e Andróginos: O “A” de assexualidade representa indivíduo que não sente nenhuma atração sexual, seja pelo sexo/gênero oposto ou pelo igual. O “A” de Agênero representa pessoa que não se identifica ou não se sente pertencente a nenhum gênero. O “A” de Andrógino significa uma expressão de gênero usada para descrever uma pessoa que assuma postura social comum ao gênero masculino e feminino.
“+” – Engloba todas as outras letras da sigla LGBTQQICAAPF2K+ como expressões, gêneros e sexualidades fora dos padrões cisheteronormativos:
Aquele que podem desenvolver atração física e romântica por outras pessoas, independentemente de sua identidade de gênero, sexo biológico ou mesmo expressões fora dos padrões de gênero que não têm rótulo ou enquadramento
Pode ser definida como a falta de atração sexual: alguém que não é sexualmente atraído por ninguém. Entretanto, algumas pessoas podem se sentir “neutras em relação ao sexo”. Já outras pessoas se envolvem em um contato sexual para obter uma conexão emocional.
É a orientação romântica na qual as pessoas não sentem ou sentem pouca atração romântica. Pessoas arromânticas podem ter qualquer orientação sexual, e também desejar relações próximas com outras pessoas.
Os indivíduos não-binários ultrapassam os papéis sociais que são atribuídos aos gêneros, criando uma terceira identidade que foge do padrão homem-mulher. São exatamente a recusa ao que é binário.
Representa a pessoa que não se identifica ou não se sente pertencente a nenhum gênero.
Pessoas que transitam entre os gêneros.
Pessoa que se identifica com o gênero designado ao nascer.
*Natalia Pasetti, cientista política, consultora e palestrante em diversidade e inclusão, e fundadora da ONG Casinha, que oferece apoio à população LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social
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