Neste Dia do Jornalista, o Portal Comunique-se produziu especial em que os próprios “amigos da comunicação” se propuseram a completar a seguinte frase: “ser jornalista é…”. Em meio à ação, realizada junto à comunidade que compõe o serviço de mailing imprensa do Comunique-se 360, Luís Henrique Marques foi além de resumir a profissão em poucas palavras. Ele — que integra os times das revistas Cidade Nova e Ekklesía Brasil e da Agência de Notícias Signis — desenvolveu um artigo. Nele, afirma: ser jornalista é mais do que uma profissão. É uma missão.
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Confira, abaixo, a íntegra do texto de Luís Henrique Marques sobre a missão de ser jornalista:
Ser jornalista é… uma missão
Ser jornalista é, muito além de uma atividade profissional, uma missão a qual entendo como uma busca contínua pela compreensão da realidade dos fatos (ainda que muitas vezes, apenas de forma introdutória), a ser traduzida de forma o mais clara e coerente possível a um público muitas vezes amplo, heterogêneo e leigo em muitos dos assuntos pautados. É uma tarefa sempre exigente, quando não tensa, mas que tem como principal recompensa o reconhecimento público do valor do trabalho realizado.
Infelizmente, esse mesmo reconhecimento não se dá em outros âmbitos, dada a contínua precarização das condições de trabalho da nossa área. Neste momento caótico, sobretudo do ponto de vista político-ideológico, mais do que nunca a função social do jornalista precisa ser valorizada. E isso vai muito além de defesa da reserva de mercado, porque tem relação com a qualidade técnica e ética da produção e difusão de informações e opiniões, vitais para uma sociedade que se pretende civilizada e democrática.
Vejo com desconfiança (…) esse excesso de tecnologia, supervalorização da forma em detrimento do conteúdo — Luís Henrique Marques
Considerado esse contexto, só é jornalista aquele profissional que, tendo a oportunidade de trabalhar nessa área específica, o faz com bastante amor à causa. Por isso, vejo com desconfiança — e talvez isso tem a ver muito como os profissionais da minha geração e de gerações mais velhas se fizeram jornalistas — esse excesso de tecnologia, supervalorização da forma em detrimento do conteúdo, bem como a contaminação do jornalismo pelo marketing e pelo entretenimento. Sem que essas relações sejam devidamente disciplinadas, acho difícil dar conta dessa missão.
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