Mais um comunicador entra para as estatísticas de crimes fatais no Brasil. Na noite de terça-feira, 18, o jornalista Romário Barros, de 31 anos, foi assassinado. Ele dirigia o carro em Maricá (RJ) quando foi executado, sendo atingido por três disparos na cabeça. Criador e editor responsável pelo site Lei Seca Maricá. É o segundo caso de profissional de imprensa alvejado na cidade do litoral do Rio de Janeiro em menos de um mês. Em 25 de maio, Robson Giorno, de 45 anos, foi assassinado enquanto chegava em casa.
Assim como Robson Giorno, Romário Barros era conhecido por publicar em seu veículo de comunicação reportagens e artigos relacionados à política e ao crime de Maricá. Outro ponto em comum: os dois eram solitários em seus projetos jornalísticos. O site do Jornal O Maricá segue com domínio ativo, mas segue sem atualização desde o fatídico dia 25 de maio. O Lei Seca Maricá, por sua vez, veiculou sua última matéria horas antes de seu fundador ser assassinado.
Até o momento, autoridades responsáveis não deram maiores detalhes sobre as linhas de investigações sobre o assassinato do jornalista Romário Barros. O caso está sob cuidados da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, informa o site da IstoÉ Dinheiro. Prefeito de Maricá, Fabiano Horta (PT) garantiu que o crime “inaceitável” “não ficará sem respostas”. O mandatário da cidade do Rio de Janeiro reforçou que o homicídio de Robson Giorgino também será devidamente apurado.
“É inaceitável que em menos de um mês a cidade esteja passando pela segunda morte de um jornalista. Vamos cobrar uma ação rápida e efetiva do Estado para que os crimes sejam solucionados e uma resposta seja dada às famílias e a sociedade. Não aceitaremos a impunidade”, garante a nota divulgada pela prefeitura de Maricá. “Reforçamos nosso inteiro compromisso com a liberdade de imprensa e de expressão. Qualquer ato de violência deve ser repudiado. Reafirmamos ainda nossa permanente preocupação com a segurança de todos os que vivem e trabalham no município”, complementa.
O fato de dois jornalistas atuantes numa mesma cidade do Rio de Janeiro serem assassinados em menos de um mês chama a atenção de entidades do setor. A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), por exemplo, foi enfática: “exige apuração” dos crimes. “A investigação de ambos os assassinatos deve ter como ponto de partida o exercício profissional e é preciso empenho para que os culpados sejam identificados e punidos”, pontuou em nota oficial. A instituição destacou algo nada animador para os profissionais da área. “A maior parte dos assassinatos de jornalistas fica impune e que a impunidade é o combustível da violência contra os profissionais”, garantiu.
Para a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o assassinato do jornalista do site Lei Seca Maricá abala a democracia de todo o país. “Assassinatos e agressões contra jornalistas, seja qual for a sua natureza, representam grave ameaça à liberdade de imprensa e ao Estado Democrático de Direito”, afirma a entidade em texto assinado pelo presidente Domingos Meirelles. Sobrou cobrança direta ao governador do Rio de Janeiro. “Wilson Witsel, como ex-juiz criminal, tem ainda o compromisso moral de impedir que essas duas mortes fiquem impunes”.
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