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Mensalão: jornalista lança biografia do “homem que abalou a República”

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A Editora Record lançou a biografia não-autorizada “O homem que abalou a República”, que retrata a atuação do político e advogado Roberto Jefferson como elemento principal do Mensalão, o escândalo de corrupção que mexeu com o Brasil há pouco mais de dez anos. A obra foi escrita pelo jornalista Cássio Bruno, que avalia o episódio como um marco no combate à corrupção.

“O mensalão criou precedentes no combate à corrupção no Brasil. Abriu caminho para a Operação Lava Jato. Até estourar o mensalão, os brasileiros nunca tinham visto gente poderosa da República e do Congresso ir, de fato, para a cadeia. A cooperação realizada nas investigações da Lava Jato entre instituições como a Polícia Federal e o Ministério Público começou a se desenhar e amadurecer de forma bem-sucedida no mensalão”, avalia o autor da obra.

livro - cassio bruno
(Imagem: Editora Record)

Bruno diz, ainda, que casos com o de Collor e PC Farias, obviamente, chocaram o país, “mas Collor, no fim das contas, foi inocentado pelo Supremo. Na época, os ministros colocaram no banco dos réus um governo derrotado, com o ex-presidente já afastado. No mensalão, não. Figuras do alto escalão da política foram condenados e acabaram presos”.

Além de citar outros momentos tensos para a política brasileira, o jornalista defende que Roberto Jefferson só denunciou o mensalão porque o nome dele apareceu envolvido no escândalo de corrupção nos Correios e porque a imprensa começou a mostrar as suas negociatas nos porões da República junto com o PT.

Segundo informações da editora Record, o livro narra fatos, bastidores e histórias inéditas sobre o tema. Para levantar as informações da biografia não-autorizada, Bruno realizou cerca de 90 entrevistas.

Sobre o autor

Cássio Bruno nasceu em Mesquita, na Baixada Fluminense, em 1979. Começou no jornalismo no Jornal de Hoje e passou por O Dia e O Globo, no qual permaneceu por mais de uma década, boa parte na cobertura política.

O autor também colaborou para a revista Veja e para o site G1. Em 2008, venceu o 10° Prêmio Imprensa Embratel com a série de reportagens “A ditadura nas favelas”, publicada em O Globo.

Além disso, em 2010, Bruno conquistou o VI Prêmio de Jornalismo, promovido pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), na categoria Nacional Impresso, pela série de reportagens “Relações perigosas”, também publicada em “O Globo”. No mesmo ano, foi finalismo do Prêmio Esso de Jornalismo.

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Redação

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