As moedas digitais são uma realidade no mundo e começam a ganhar mais força no Brasil. Nesse cenário promissor, divisões já começam a aparecer e o que era o líder de mercado, o bitcoin, agora começa a ter seu reinado ameaçado por fortes concorrentes. E a blockchain, o sistema onde as transações são realizadas, passou a ter uma nova capacidade de processamento para suportar uma nova criptomoeda, o bitcoin cash.
“Hoje o bitcoin original está cotado a US$ 3.700, enquanto uma unidade de bitcoin cash vale do marketing, a aceitação dessa nova alternativa, podendo gerar mais flexibilidade, aumentando a concorrência no mercado e promovendo sua valorização” explica Andre Miceli, professor e coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Existem diversas criptomoedas sendo transacionadas no mundo. Entre elas, monero, dash, z-cash, steem, litecoin e ethereum, mas bitcoin é a mais valorizada e popular. Desde o ano passado, suas altas expressivas têm gerado cada vez mais alvoroço no mercado financeiro. Entre janeiro e junho desse ano, foram movimentados mais de US$ 100 bilhões. No Brasil, em 2015, foram negociados R$ 35 milhões no país. Em 2016, o total saltou para R$ 90 milhões. Mas, segundo o especialista, nem tudo é otimismo nesse cenário das moedas digitais.
“Dependendo do volume, em valor de mercado, que elas atingirem, as criptomoedas poderão representar ameaça para o sistema financeiro tradicional e se isso, se confirmar, os governos deverão atuar de forma mais contundente em termos de legislação, o que poderá acarretar em mudanças que certamente impactarão no bolso dos investidores”, explica o professor.
Em relação à segurança digital envolvida nesse tipo de movimentação financeira, Andre Miceli destaca que há riscos.
“A pessoa que utiliza moeda criptografada tem duas abordagens possíveis: Ou ela deixa na nuvem ou baixa o sistema no próprio computador. Por falta de habilidade ou mesmo de conhecimento mais aprofundado, ao optar pela segunda opção, ele estaria se expondo a um grande risco. Seria como ele sacar dinheiro do banco e guardar debaixo do colchão”, conclui o especialista da FGV, Andre Miceli.
O aumento expressivo do valor dessas moedas digitais tem estimulado empresas de estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, de diversos segmentos a aceitá-las como meio de pagamento.
*André Miceli. Mestre em administração pelo Ibmec RJ, com MBA em Gestão de Negócios e Marketing pela mesma instituição. Coordenador do MBA e Pós-MBA em Marketing Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV). Já ganhou mais de vinte prêmios de internet e tecnologia, incluindo o melhor aplicativo móvel desenvolvido no Brasil. Certificado no programa Advanced Executive Certificate in Management, Innovation & Technology do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Autor dos livros “Planejamento de Marketing Digital”, “Estratégia Digital: vantagens competitivas na internet” e “UML Aplicada: da teoria à implementação”. É ainda fundador e diretor executivo da Infobase, uma das cinquenta maiores integradoras de TI do Brasil, e da agência digital IInterativa, atuando com clientes de diversos segmentos.
Com objetivo de alocar equipes em outros negócios de forma a compreender a realidade da…
Pesquisa indica percentual de mulheres à frente dos negócios e revela participação feminina como maioria.…
O Plenário do STF julgou a ADI 5322 em junho de 2023; advogado comenta as…
ADI 5322 altera diretriz que excluía o tempo de espera para carga e descarga do…
Especialista do Grupo Riopae evidencia as principais diferenças entre os dois métodos de despedida e…
Levantamento do Ministério da Previdência Social indicou crescimento no número de benefícios concedidos pelo Instituto…